Objetivo é identificar problemas que possam prejudicar o trabalho dos policiais
Um grupo formado por 13 oficiais do Exército realizou, na manhã desta quarta-feira, vistoria no 14º BPM (Bangu). Liderados pelo chefe do Gabinete de Intervenção Federal, general Mauro Sinott, os militares inspecionaram as áreas da unidade policial em busca de possíveis irregularidades que comprometam o trabalho dos agentes. Essa foi a primeira inspeção do Gabinete de Intervenção Federal a um batalhão.
Além de tentarem identificar problemas, o Gabinete quer fazer um estudo sobre as condições das áreas funcionais. A partir de agora, a cada semana, um batalhão ou uma delegacia será vistoriado pelo Exército.
A escolha do Batalhão de Bangu para ser o primeiro na vistoria é estratégica. Nas últimas semanas, o Exército fez varias operações na Vila Kennedy e a região é considerada como um “modelo” para as próximas ações — que deverão acontecer no Complexo da Maré e no Alemão.
O general Mauro Sinott, chefe do Gabinete, falou para a tropa do 14º BPM:
“Hoje é um dia marcante para a intervenção porque viemos na ponta da linha identificar gargalos que possam existir no 14º BPM. Vamos verificar in loco como essas dificuldades estão refletindo na ponta da linha e como elas afetam a capacidade operacional de vocês. A ideia é resgatar de imediato a sensação de segurança. E quem é responsável por essa percepção de segurança é a Polícia Militar. É um trabalho voltado para a comunidade, e o proveito também será dos senhores”.
Segundo o porta-voz do Gabinete de Intervenção Federal, coronel Roberto Itamar, a questão de corrupção na corporação será responsabilidade da Corregedoria.
“Essa visita tem como objetivo verificar os problemas apontados pelo alto comando da PM e buscar soluções. A questão de eventuais condutas éticas fica por conta das corregedorias”, explicou. Ainda de acordo com o porta-voz, os estudos das UPPs são os mais adiantados e que em breve o interventor anunciará as mudanças que serão feitas.
Porta-voz promete intervenção até dezembro
Um dia após o presidente Michel Temer dizer que pretende acabar com a intervenção federal no Rio em setembro, quando ele espera que a Câmara dos Deputados dê início à votação da Reforma da Previdência, Roberto Itamar, porta-voz do Gabinete, disse que “trabalha com o que foi determinado pelo decreto (que é até o dia 31 de dezembro de 2018) e que assim será até ao fim”.
Perguntado sobre a fala do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que afirmou que o governo precisa de mais tempo para decidir qual será o orçamento da intervenção, Itamar disse que “o número (a ser gasto no Rio) está sendo estudando e levantado, mas nem tudo passa por orçamento”.
“Muita soluções podem passar por reestruturação e por outras medidas que não, exatamente, se configure, em despesa”.
Fonte: O DIA
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