Crime está entre as principais queixas no bairro, segundo associação de moradores; uma reunião entre diferentes órgãos municipais e estaduais discutirá o problema
Por Priscilla Litwak, O Globo
Grandes eventos realizados recentemente no Rio, como o show da banda RBD e da cantora Taylor Swift e a Parada do Orgulho LGBT+, em Copacabana, chamaram a atenção para um problema antigo na cidade: taxistas que cobram um valor fechado pela corrida, com o taxímetro desligado. A famosa “cobrança no tiro” é proibida, mas comum em dias de festividades. Segundo o presidente da Associação de Moradores de Copacabana, Horácio Magalhães, o bairro sofre ainda com um outro problema envolvendo este tipo de transporte: o crime conhecido como “golpe da maquininha”, em que o preço da corrida é alterado na hora do pagamento com máquina de cartão de crédito ou débito, está entre as principais reclamações relacionadas à segurança.
— Estatisticamente o crime de estelionato é o mais praticado em Copacabana, e o principal deles é o “golpe da maquininha”. A pessoa vai pagar a corrida e a tela da máquina está quebrada propositalmente; o valor é alterado, e, quando percebe, o passageiro já está pagando um valor absurdo. É um problema que não é novo, mas tem acontecido bastante ultimamente. A delegacia do bairro está cheia de ocorrências desse tipo — afirma Magalhães.
A 13ª DP (Copacabana) informa que há uma investigação em andamento sobre taxistas que cometem esse tipo de crime. E acrescenta que em dezembro haverá uma reunião entre a Polícia Civil e agências estaduais e municipais para tratar do tema.
Presidente do Sindicato Estadual dos Taxistas, Antonio Oliviero afirma que a instituição é veementemente contrária a quaisquer atitudes irregulares ou que sejam nocivas à sociedade e que, inclusive, colabora com as autoridades para combatê-las.
— Existem muitos táxis piratas (que cometem este tipo de irregularidade). Porque todo taxista sabe que corre o risco de perder a sua permissão se fizer isso. Hoje temos mais de três mil processos abertos, com seis cassações — diz ele. — Foi feita recentemente uma operação da Secretaria de Transporte e da Secretaria de Ordem Pública na qual se constatou que a maioria (dos infratores) não era taxista. Os quatro veículos que foram apreendidos não tinham passado por vistorias. O sindicato combate isso junto com a prefeitura e os órgãos competentes.
Fonte: O Globo
Formado em Sistemas de Informação pela FAETERJ, carioca de coração, apaixonado por teologia, tecnologia, matemática, geografia, história e pela sociedade em geral.
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