O que é uma experiência de quase morte
(EQM)?A medicina de hoje é capaz de trazer de volta uma pessoa clinicamente morta. É uma possibilidade que depende, logicamente, de aspectos muito específicos da condição de cada paciente e os médicos têm um prazo muito curto para suas tentativas de ressuscitação: passados poucos minutos, o cérebro, privado de oxigênio, começa a morrer.
Muitas das pessoas que passaram por esse tipo de situação voltaram relatando experiências sobrenaturais que vivenciaram durante o tempo em que estiveram de fato mortos.
São essas as chamadas experiências de quase morte (EQM). Este termo foi criado pelo francês Victor Egger, psicólogo que viveu entre o fim do século XIX e o começo do século XX, quando pela primeira vez cientistas se debruçaram sobre a questão. Foi nesta época que a ciência começou a dar a atenção devida aos relatos das pessoas que estiveram mortas por um breve período de tempo.
Porém, a discussão realmente tomou forma em 1975, quando o parapsicólogo americano Raymond Moody publicou o livro Vida depois da vida.
Parapsicologia
A parapsicologia volta sua atenção para as experiências de quase morte por causa de uma aparente coincidência: os relatos são sempre muito parecidos.Em vez de buscar a razão que gera uma EQM, a parapsicologia crê no fenômeno e procura ir além: buscando os desdobramentos metafísicos decorrentes dessas experiências.
As EQMs são, na verdade, evidências de que há, sim, uma vida após a morte do corpo. O corpo material é o que perece; nossa essência (ou alma) continua a existir, numa dimensão em que a matéria não é necessária.
Mas se engana quem acha que a parapsicologia é uma pseudociência que não se preocupa em comprovar seus fatos. Nos Estados Unidos, existe desde 1978 a International Association for Near-Death Studies (uma associação norte-americana que estuda as experiências de quase morte). A Associação usa uma escala que consegue discernir quais são as experiências realmente legítimas.
Os fenômenos mais comuns são:
A experiência do túnel
Muitas das pessoas relatam que viram a aparição de um túnel de luz muito intensa, mas que não os cegava, e se sentiam magneticamente atraídos para ele. Alguns afirmam que podiam ver, além do túnel, locais de estrema beleza e entes queridos já falecidos, que os convidavam a ir em direção à luz. É bastante comum que a pessoa conte que não queria voltar.
A projeção astral
Uma das formas de ocorrência da projeção astral é durante uma experiência de quase morte.
As pessoas que passaram por isso relatam que conseguiam assistir tudo o que acontecia dentro do local onde a ressuscitação estava sendo tentada, de uma perspectiva de fora do seu corpo, como se estivesse acima da cena, vendo inclusive a si mesmo na maca.
A alma (no espiritismo, essa parte do ser é chamada de perispírito) é capaz de flutuar numa outra dimensão, imaterial.
A serenidade plena
Um dos fatos curiosos e mais comuns nos relatos de experiências de quase morte é o desejo da pessoa de ficar lá do outro lado e a frustração por ter que voltar Isso acontece porque a pessoa experimenta a sensação plena de voltar ao estado natural de imaterialidade; algumas religiões afirmam que estar encarnado é um dos obstáculos por que temos que passar rumo à evolução e que não estamos aqui para ser felizes: estamos aqui para aprender. Estar desembaraçado da prisão que a matéria representa é, sim, estar vivo. E quanto a isso, uma vez encarnados, não temos escolha, já que a opção de desistir (através do suicídio) seria severamente punida.
Experiências positivas
Segundo o International Association for Near-Death Studies, cerca de 97% dos relatos de experiências de quase morte são positivos e apenas 3% dos pacientes têm histórias desagradáveis para relatar. Muitas pessoas que passaram por experiências assustadoras no quase morte mudaram de vida, tornando-se mais religiosas ou espiritualizadas.
O que diz a ciência sobre as experiências de quase morte
O saber científico só aceita como verdade aquilo que possa ser comprovado através das leis da natureza. Porém, os fenômenos sobrenaturais, que incluem os aspectos do mundo imaterial, fogem à alçada do chamado “método científico”.
Todo conhecimento que não pode ser validado pelo método científico é rejeitado e ignorado pela ciência, que acredita que somente o seu método é expressão da verdade.
Sobre as experiências de quase morte, o que os cientistas, céticos, afirmam é que não há provas que corroborem a paranormalidade do fenômeno e sua real existência, entretanto, seu próprio método científico também não foi capaz até hoje de comprovar suas próprias hipóteses.
A hipótese aceita pela ciência (mesmo que não comprovada) é a de que a experiência de quase morte seria uma espécie de alucinação causada pelo estado físico dos pacientes; os relatos seriam parecidos porque o processo bioquímico que os geram seria o mesmo.
Fonte: http://universoobscuro.com/
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