Novo programa para a população não teria recebido a aprovação do presidente da República antes de ser anunciado.
Durante uma reunião da equipe dos ministérios do governo ocorrida na terça-feira, 14, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu uma bronca nos presentes, mas sem citar nomes. Parte do evento, que ocorreu no Palácio do Planalto, foi transmitido pela TV Brasil.
“Qualquer genialidade que alguém possa ter, é importante que antes de anunciar faça uma reunião com a Casa Civil. Para que a Casa Civil discuta com a presidência da República e que a gente possa chamar o autor da genialidade e a gente então anuncie como se fosse uma coisa do governo”, disse Lula.
Apesar de não ter citado o nome do ministro que o contrariou, é de conhecimento das pessoas ao redor que o destinatário do recado é Márcio França, chefe da pasta de Portos e Aeroportos. No último fim de semana, ele anunciou a criação de um programa de venda de passagens aéreas a R$ 200 para estudantes, servidores e aposentados.
A iniciativa deixou o presidente bastante irritado, especialmente pela falta de comunicação. Segundo um auxiliar de Lula, apesar de França não ser o primeiro a anunciar programas antes de combinar com a Casa Civil, o caso foi mais grave desta vez.
“O cara não combinou com ninguém, e ainda divulgou uma ideia estúpida. Ninguém no governo gostou”, disse a fonte à reportagem do GLOBO.
“Essa é uma ideia que só existe na cabeça do Márcio França. Ninguém discutiu o assunto, ele não falou com ninguém sobre isso. Se a ideia fosse exequível, demoraria muito tempo para negociar, executar e colocar na rua. Mas quando ele sai falando em público, parece que o governo já vai fazer. Daí, quando não acontece, o pessoal vai para as redes sociais bater no governo”, completou.
Segundo interlocutores de França, a ideia foi apresentada a Lula e outros ministros em uma reunião na última semana, inclusive tendo sido bem recebida por companhias aéreas como a Azul. Durante o anúncio do programa, o ministro deixou claro que sua implementação ainda depende da aprovação do governo.
Fonte: Edital Concursos Brasil
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