SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Suprema Corte do Reino Unido decidiu nesta segunda (10) reabrir o caso do bebê Charlie Gard, que causou comoção internacional após a Justiça autorizar, à revelia dos pais, o desligamento das máquinas que o mantêm vivo. Gard, 11 meses, está na fase terminal de uma doença genética, internado. O juiz Nicholas Francis permitiu agora que novas evidências sobre um possível tratamento experimental sejam apresentadas até esta quarta (12) e marcou audiência na quinta. Nascido em 4 de agosto de 2016, o bebê tem uma síndrome causada por uma mutação genética que leva à perda de seu DNA mitocondrial. Como essa parte da célula é sua “usina de energia”, os pacientes da rara doença ficam impossibilitados de mover os músculos e precisam de auxílio mecânico até para respirar, além de poderem sofrer danos cerebrais. O caso do bebê britânico é 1 de apenas já 18 registrados, e a maioria das crianças com essa condição morre em meses. O Grande Hospital Infantil de Ormond Street, onde Charlie está internado em Londres, havia ganhado autorização da Justiça para desligar as máquinas que o mantêm após os médicos concluírem que prolongar sua vida apenas provocaria sofrimento. Os pais entraram com recurso para manter o bebê vivo, mas a sentença foi confirmada pela Corte de Apelações, a Suprema Corte britânica e a Corte Europeia de Direitos Humanos. O caso teve uma reviravolta após o presidente dos EUA, Donald Trump, e o papa Francisco oferecerem a Charlie tratamentos experimentais fora do Reino Unido. Mas os pais precisariam de autorização judicial para transferi-lo. Ante a comoção internacional, o hospital adiou o desligamento das máquinas e pediu na sexta (7) à Suprema Corte a reabertura do caso. Connie Yates, mãe de Charlie, disse esperar que a Justiça decida a seu favor. “Espero que vejam que há mais chances do que se pensava, que confiem em nós como pais e nos outros médicos.”
Fonte: http://www.bemparana.com.br/noticia/513777/justica-reavaliara-caso-de-bebe-com-doenca-terminal
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