Paralisação do serviço preocupa trabalhadores. Entretanto, sindicato afirma que greve será feita dentro da lei
A adesão de motoristas e cobradores à paralisação do dia 28 — um protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência — está deixando a população apreensiva. Com receio de não conseguir chegar no trabalho, muitos estão preocupados em como farão para se deslocar até o serviço caso não consigam um meio de transporte.
“Estou apreensiva, pois fica a dúvida se todos vão aderir. Fico pensando em como vou trabalhar se não houver transporte”, disse Dulce Carvalho, que trabalha como secretária em um consultório dentário na Zona Sul. A advogada Luiza Neves também se mostrou bem preocupada com a paralisação. “Se não tiver ônibus é um desespero total. Só tenho como chegar no trabalho se for de ônibus”, disse.
Outra preocupação dos trabalhadores é de ficarem sem condução no meio do caminho. “Se não tiver ônibus não tem como ir trabalhar. Aí fica a questão de se vale a pena tentar ou não. Tem gente que pega mais de um e pode ficar no meio do caminho!”, comenta Lívia Freitas.
Do outro lado, o designer Diogo Tirado afirmou que liberou a babá de sua filha caso a greve tenha adesão. “Se o ônibus parar, ela não precisa vir”, contou.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb RJ) decidiu, em assembleia realizada na última segunda-feira (24), aderir ao movimento de protesto as reformas trabalhista e da Previdência. De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, o movimento será feito dentro das normas da lei.
Procurada pela reportagem do O DIA para responder se há algum esquema especial em situações como essa, a Rio Ônibus ainda não respondeu aos questionamentos. Já a Secretaria Municial de Transportes (SMTR) informou que “os consórcios têm uma frota reserva para atuar nessas situações e não deixar a população ser prejudicada com a falta do serviço” e que “em caso de descumprimento, os consórcios podem ser notificados”.
A SuperVia disse que os trens vão funcionar normalmente na sexta-feira e a concessionária irá monitorar a demanda de passageiros para reforçar a operação caso haja necessidade. O MetrôRio também operará normalmente e aumentará o número de trens caso precise.
Fonte: O DIA
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