A ideia de gerar energia a partir do grafeno refuta teorias do século passado que afirmavam que isso não seria possível
Um grupo de físicos da Universidade do Arkansas (UA), nos Estados Unidos, desenvolveu um circuito capaz de capturar o movimento térmico do grafeno para convertê-lo em eletricidade. “Um circuito de coleta de energia baseado em grafeno poderia ser incorporado em um chip para fornecer energia limpa, ilimitada e de baixa voltagem para pequenos dispositivos ou sensores”, explicou Paul Thibado, professor de Física e pesquisador-chefe do estudo.
A descoberta, publicada na revista científica Physical Review E, chegou para comprovar a teoria que o mesmo grupo de físicos desenvolveu há três anos de que o grafeno independente ondula e se deforma a fim de possibilitar a captação de energia.
O grafeno, que ganhou fama no Brasil após comentários do presidente Jair Bolsonaro, é um material cristalino extremamente fino formado por átomos de carbono e com alto poder de condução. Por suas propriedades físicas revolucionários, é tido como o futuro da tecnologia.
Ainda assim, a ideia de gerar energia a partir do grafeno é controversa, visto que refuta a popular afirmação do físico Richard Feynman de que o movimento térmico dos átomos, conhecido como movimento browniano, não funciona para gerar energia. No entanto, o grupo liderado por Thibado descobriu que, se em temperatura ambiente, o movimento térmico do grafeno induz uma corrente alternada (CA) em um circuito, algo considerado impossível até então.
Notícias de Seropédica, do Brasil e do Mundo
Deixe a sua opinião sobre o post