FAZIAM EMPADAS COM CARNE HUMANA
20 de maio de 2016

Canibais de Garanhuns vão a novo júri popular, E desta vez, trio será julgado pela morte de mais duas mulheres

Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Torreão e Bruna Cristina, o trio conhecido como os Canibais de Garanhuns, vão voltar a júri popular. A sentença de pronúncia foi publicada nesta sexta-feira (20) pela juíza da 1° Vara Criminal da Comarca de Garanhuns, Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim.

O trio já foi quadruplamente condenado em novembro de 2014 e hoje já responde por morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo contra a adolescente Jéssica Camila, morta em abril de 2008 aos 17 anos. Desta vez, eles serão julgados pelos mesmos crimes cometidos contra outras duas mulheres, Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão, brutalmente assassinadas em fevereiro e março de 2012, respectivamente.

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A sentença do TJPE descreve como os três suspeitos teriam agido. No caso de Gisele, ela teria sido convencida a ir à casa de Isabel para pregar a palavra de Deus. Em determinado momento, Jorge, que estava escondido, “desferiu um violento golpe de faca-peixeira em sua garganta”, diz a sentença. Da vítima, foram retirados partes do corpo  que foram ingeridas pelos acusados por um período de três dias. Fato semelhante ocorreu com a vítima Alexandra, que havia sido atraída com a promessa de emprego de babá.  Com a carne das vítimas, o trio teria confeccionado empadas e vendido em várias partes da cidade, inclusive no Fórum de Garanhuns.

A data do júri ainda não foi definida. Uma audiência de instrução já foi realizada em outubro de 2015. Depois da publicação, ocorre a intimação dos advogados, do Ministério Público e, em seguida, dos acusados. Ocorre, então, a abertura do prazo para a entrada de recurso. Caso a defesa entre com recurso, o processo vai ao Tribunal. Se voltar sem modificação, é iniciada a fase de diligências a pedido de advogados e do Ministério Público. É neste momento que as partes arrolam testemunhas para o julgamento, apresentam documentos e pedem diligências ao juiz. A seguir, o processo vai ao magistrado, que elabora o relatório e designa a data do julgamento.

Em 2014, Jorge Negromonte foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e um ano e seis meses de regime semiaberto ou aberto.

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Jorge, Isabel e Bruna já foram condenados pelo crime de canibalismo cometido em 2008 Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

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