A procura pelo pequeno Bob, o pastor alemão de dois anos roubado no dia 26 de setembro, no bairro Jardim Pernambuco, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, chegou ao fim. Depois de entregar panfletos e fazer apelo nas redes sociais, a bióloga Verônica Máximo encontrou o seu bicho de estimação na noite de terça-feira, dia 6, dez dias após o desaparecimento dele. O animal foi visto no quintal de uma moradora do bairro Cacuia, que fica a três quilômetros de onde mora Verônica e ligou avisando na noite de segunda-feira, mas a dona do cachorro não conseguiu responder no dia.
Na manhã seguinte, esteve na residência, mas Bob não estava lá. Por volta das 18h, a mulher viu novamente o bicho e ligou imediatamente para Verônica, que foi até a residência de mototáxi e, em 20 minutos, teve o esperado encontro.
— Foi uma emoção ver a carinha dele. na carinha dele. Primeiro, ele ficou meio arisco, com medo. Mas logo que viu o meu olhar, veio correndo e com as mesmas brincadeiras que sempre fazemos. Ele me reconheceu pelo olhar, sentei no chão e fiquei emocionada. Nem consegui filmar esse momento, porque não conseguia pensar em mais nada — diz a dona do animal ao EXTRA.
Verônica nem precisou conferir o sinal que o pequeno Bob tinha no corpo para confirmar que ele era o seu amigo. O pastor alemão, que ainda é uma mistura com labrador, tem uma verruga na barriga, que até parece um ferimento, mas é de nascença. Ao voltar para casa, o cão brincou com a mãe da bióloga, que não conteve a alegria de rever o animalzinho. Mas ele só queria descansar e dormir.
— Desde que ele chegou aqui em casa, ele só dormiu. Parece que não tem cachorro em casa. Acho que ele ficou muito alerta nesses dias todos e agora apagou de cansaço. Vou dar um banho nele, porque estava todo sujinho, e vou levar na veterinária. Ele não parece debilitado, nem com feridas. Veio com boa aparência — conta.
Esperança de encontrar
A família nunca desistiu de procurar o pequeno Bob. Apesar de não ter pistas concretas, Verônica seguiu com a entrega dos panfletos pelos bairros, assim como ficou de olho em possíveis vendas de filhotes nas redes sociais e sites de compra e venda. Ela já havia registrado uma ocorrência na 56ª DP (Comendador Soares, em Nova Iguaçu) de forma on-line. Segundo a bióloga, a família que encontrou o cachorro não estava com o bicho.
— Eu fui procurando e espalhando os panfletos diariamente, não desisti. A pessoa que o viu disse que ele estava perto do quintal dela, mas não estava com eles. Eu nunca desisti de procurá-lo, apesar de estar me preparando para qualquer desfecho. Eu andava, perguntava e nada. Muita gente me dizia que pastor alemão bem cuidado quem acha não devolve. Essa moça não fez isso. Viu e me avisou. Mas sempre acreditei que iria encontrá-lo, que teríamos esse desfecho feliz. Mas deixei que fosse a vontade de Deus — diz.
Bob foi roubado na manhã de sábado do dia 26 de setembro, quando um conhecido da família saiu para passear com o animal pelo bairro, mas voltou, por volta do 12h, apenas com a coleira. Ele contou que foi assaltado e que os bandidos levaram o cãozinho em um Gol preto. A bióloga Verônica Máximo entrou em desespero quando soube que seu filho pet havia sido levado por bandidos, e iniciou uma saga em busca dele.
Após rodar pelo bairro, a mulher foi registrar uma ocorrência na 56ª DP (Comendador Soares, em Nova Iguaçu), mas o delegado explicou que, nesses casos, o boletim precisa ser realizado de forma on-line. Além de fazer buscas na área, a bióloga divulgou um pedido de ajuda nas redes sociais. A tragédia abalou ainda mais a família porque aconteceu três semanas após Pitoco, o vira-lata de oito anos, morrer.
— Nós perdemos o Pitoco no dia 3 de setembro, ele morreu de mal súbito e foi muito triste. Agora levam o Bob? Ele era da minha mãe, ela está arrasada, não come desde que ele foi roubado. Eu estou muito chorosa, com insônia, toda hora ouço um latido ou barulho e acho que é o Bob. O nosso quintal está vazio sem os dois aqui. Só o queremos de volta — disse a dona do cachorro, há dez dias.
Fonte: Extra
Formado em Sistemas de Informação pela FAETERJ, carioca de coração, apaixonado por teologia, tecnologia, matemática, geografia, história e pela sociedade em geral.