Todos os usuários deixas rastros mundo afora, principalmente os americanos, experimente digitar “Burger King” em seu motor de busca e você verá uma dúzia de opções nas proximidades de onde estiver, cada um precisamente localizados por uma determinada latitude e longitude.
Enquanto muitos países realizam pesquisas de estatística populacional, os dados coletados não são tão determinantes do que o nível populacional de um município ou província. Considere, por exemplo que mais de 7 bilhões de pessoas vivem pelo Mundo. Uma parte, em centros urbanos densos, em pequenas cidades formadas por fazendas e florestas. Mas ninguém sabe, exatamente, onde vivem.
Pois agora, o Facebook diz estar desenvolvendo uma maneira de mapear todos os usuários da rede social. Segundo Mark Zuckerberg, em conferência da Mobile World Congress realizada em Barcelona, disse que até agora estão mapeadas quase 2 bilhões de pessoas. A empresa Connectivity Labs anunciou esta semana que esse projeto criou novos mapas de distribuição populacional em alta resolução de 20 países, a maioria ainda em desenvolvimento. Mark afirma que irá liberar a maioria dos mapas até o final deste ano.
Os mapas terão dezenas de aplicações em diferentes campos. Planejadores urbanos irão estimar a densidade da cidade para que eles possam adicionar e até melhorar as vias de densidade populacional de uma região. Profissionais da área médica poderão utilizar o mapa para rastrear surtos ou analisar o acesso de pacientes em centros de saúde. E depois de um desastre, os mapas podem ser usados (juntamente com o mapeamento de crise) para priorizar o encaminhamento de emergência médica.
O crescimento do Facebook depende do acesso à Internet, ainda em fase de expansão para cerca de 4 bilhões de pessoas que ainda não têm acesso (China e Coréia do Norte ainda mantém políticas de restrição). Zuckerberg ainda busca entender como uma determinada população poderia ter acesso à Internet de forma mais eficiente: deveriam desenvolver uma linha de fibra óptica, ou se essa missão seria melhor realizada com drones, satélites ou balões-satélites de longa distância? Mark incluiu 20 nações onde a web ainda não atinge o índice de populações rurais. Nessa relação, estão Nigéria, Quênia, Uganda, Turquia, Ucrânia, Uzbequistão e Índia. Os serviços privados do Facebook Free Basics e Connectivity Labssão ambos parte do Internet.org, uma iniciativa corporativa internacional para ampliar o alcance da web e, com isso, os serviços do próprio Facebook.
Técnica de mapeamento
Se esta técnica parece metodologicamente simples, é porque é considerada como tal pelo próprio Facebook. A rede social estima que analisou 21,6 milhões de quilômetros quadrados de 20 países. “Para isso, foram processadas 14,6 bilhões de imagens com a nossa rede neural; esse é dez vezes mais do que todas as imagens analisadas pelo Facebook em uma base diária”, diz Mark Zuckerberg. E se todos esses dados forem úteis após a atividade de mapeamento, o sucesso do serviço da Connectivity Labs irá sinalizar a vitória em algo que há muito tempo tem impedido desenvolvedores que trabalham com dados de satélite: a interpretação algorítmica de imagens. Estes novos dados não serão valiosos a menos que empresas financeiras estejam motivadas em decifrar esse trabalho sem ajuda especial. Já as startups como Skybox (da Alphabet, Google Inc.) e Descartes Labs dizem ter feito avanços em obter informações sem as imagens. Se o mapa do Facebook funcionar, vai ser mais um sinal de que tal objetivo é viável em todas as plataformas.
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