Quando uma pessoa chega aos 100 anos é considerada como célebre, por conseguir viver tanto tempo. Dercy Gonçalves e Oscar Niemeyer são dois exemplos de personalidades brasileiras que avançaram para além da marca do primeiro centenário.
Mas o que você diria que teve um chinês que viveu 2 séculos e meio? Pode parecer mentira ou até mesmo contagem errada de idade, mas fato é que o mestre taoísta chinês, Li Ching Yuen chegou aos 256 anos de idade e muito bem vividos.
Conheça um pouco mais da história desse metre e como ele conseguiu a proeza de se manter lúcido e vivo por tanto tempo.
Li Ching Yuen
O chinês bicentenário era um herbalista e praticante de Chi Kung. Ele nasceu em 1677 e só morreu em 1933 de causas naturais. Apesar de parecer impossível de acreditar que um ser humano pode viver por tanto tempo, há alguns documentos que provam o fato.
Além disso, algumas técnicas espirituais praticadas por Li Ching Yuen são conhecidas por poderem prolongar e melhorar a qualidade de vida. Aliás, ele é o único homem, do qual é provado através de documentos, que viveu tanto.
Não se tem registro de outra pessoa que tenha chegando à mesma idade ou ultrapassado em vida Li Ching Yuen em toda a história da humanidade.
Práticas espirituais
O taoísmo, por exemplo, é uma tradição chinesa com ênfase na vida em harmonia com o Tao, ou seja, harmonia com o caminho, ou vida. Já o Chi Kung é um exercício de cultivo de energia. Essas práticas estimulam a circulação da energia Chi, ou energia vital do corpo.
A longevidade do mestre Li Ching Yuen é atribuída, além de outras coisas, justamente a essas práticas espirituais. Foi a partir desses exercícios e de
estudos sobre alquimia e Medicina Tradicional Chinesa, que Li ching Yuen começou a doutrinar a mente e o corpo. Ele também passou a fazer exercícios, praticar meditação, aprender e aplicar a filosofia e a medicina na vida cotidiana.
O mestre chinês também mudou os hábitos alimentares e vitais. Ele passou a usar plantas medicinais com mais frequência, dormia e acordava cedo e não utilizada drogas, nem bebia, ou fumava. Com uma mudança desse tipo, tanto o corpo físico como o mental faz com que uma pessoa ganhe mais força e forma para viver.
O segredo da longevidade
No ano de sua morte, em 1933, a revista Time publicou um artigo intitulado “Tartaruga – Pombo – Cão” sobre o mestre. Nele, Li Ching Yun foi questionado sobre qual seria o seu segredo da longevidade. Sem pensar na hipótese de negar o pedido, o mestre responde com veemência.
“Manter o coração calmo; Sentar como uma tartaruga; Andar vigorosamente como um pombo; E dormir como um cão”.
Ainda de acordo com este artigo, o professor chinês Wu Chung Chieh, que era diretor do Departamento de Educação da Universidade de Chengtu e o autor de texto, encontrou alguns registros sobre o chinês bicentenário relatando sua vida e o feito de viver por mais anos do que o comum.
Wu Chung Chieh conta que encontrou uma nota do Governo Imperial da China de 1827, que parabenizava Li ching Yuen pelo aniversário de 150 anos. Segundo o artigo, Li Ching Yuen teria se casado 23 vezes e tido mais de 180 filhos.
Outra referência sobre o mestre Li Ching Yuen é feita no livro Ancient Secrets of Youth, de Peter Kelder. No livro, um dos discípulos do mestre, chamado Da Liu, conta que quando Li Ching Yuen completou 130 anos, ele encontrou um eremita ainda mais velho que ensinou práticas de Chi Kung.
Essas práticas incluíam exercícios de respiração, movimentos com sons e recomendações de comidas e ervas medicinais. Tudo isso seria para
aumentar, ainda mais, sua longevidade. Segundo o discípulo, o mestre atribuía a sua longa vida a todos esses exercícios.
Ele dizia que a longevidade “é devido ao fato de que realizei esses exercícios a cada dia, regularmente, corretamente, e com sinceridade, por 120 anos!”
A alimentação foi o maior responsável pela longa vida do mestre chinês
Quanto à alimentação, os pesquisadores de humanos centenários – e nesse caso bicentenário – não chegaram a conclusão de Li Ching Yuen era totalmente vegetariano, mas se sabe que a carne vermelha foi abolida de sua dieta.
Pelos relatos, no entanto, percebe-se que um papel muito importante na nutrição do mestre era das plantas e raízes – in natura, ou chá. Os pesquisadores afirmam também que ele provavelmente consumia muito leite e derivados, para manter o cálcio nos ossos.
Essa fotografia foi feita por um membro do Exército Nacional Revolucionário Chinês em 1927, na cidade de Wann Hsien, província de Sczechuan. O mestre foi retratado por esse membro do exército como “sua visão era perfeita e sua pele firme; Li tinha sete pés de altura, unhas muito longas e compleição forte.”.
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