Segundo Cristiane Tavares, com o surto do novo coronavírus, a odontologia no Rio de Janeiro mudou significativamente
Para a dentista tijucana e consultora em saúde bucal, Cristiane Tavares, nos últimos dois meses, a odontologia mudou muito no Rio de Janeiro, principalmente, após a pandemia do novo coronavírus ter se alastrado pelo estado. Segundo Cristiane, sempre houve uma preocupação dos dentistas com a biossegurança, pois antes da Covid-19, eles já conviviam com o HIV, a hepatite B, hepatite C, tuberculose e outras doenças contagiosas.
A especialista destacou que a grande diferença é que nenhuma das outras doenças tinha apresentado um contágio tão agressivo, assim como nunca exigiram tantas mudanças nos procedimentos de segurança dos consultórios dentários.
“Em março, após o decreto Municipal solicitando o fechamento dos comércios e a paralisação das atividades de prestadores de serviços decidimos de imediato parar de atender, até mesmo para analisar que medidas de segurança tomaríamos ao reabrir a clínica”, contou Cristiane.
Ela ainda explicou que além da questão do isolamento, uma dos grandes impactos foi na proteção individual dos profissionais.
“Neste momento de pandemia temos atendido somente urgências e emergências, com horários marcados e intervalos grandes entres os atendimentos para não gerar aglomeração na sala de espera. Mas a principal mudança mesmo foi na parte de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de nossa equipe. Compramos máscaras N95, jalecos descartáveis, viseiras faceshield, e outros equipamentos para oferecer total segurança aos pacientes e a nós mesmos”, afirmou.
O ator Nando Cunha foi um dos clientes que precisou ser atendido com urgência na clínica e acabou percebendo a rigorosidade não procedimentos de proteção.
“Vi que mudou muita coisa nos procedimentos. Assim que entrei na clínica coloquei uma proteção para os calçados. A secretária ofereceu álcool gel para higiene das mãos e eu também tive que colocar uma touca descartável, óculos de proteção. Os meus pertences foram deixados em um saco plástico, antes de entrar na sala de atendimento . Vi que a doutora e a equipe também estavam bem protegidos com máscaras, viseiras e uma roupa especial”, contou Nando.
Ao portal Grande Tijuca, Cristiane destacou os principais cuidados adotados nos consultórios dentários. Veja a seguir:
– O dentista e sua auxiliar tem que usar máscara N95, faceshield, toucas descartáveis, jalecos descartáveis e ter cuidados redobrados ao limpar a sala entre os atendimentos;
– Os aparelhos que geram muito aerossol devem ser evitados, como por exemplo, jato de bicarbonato, ultrassom e até mesmo a cuspideira deve ser evitada, pois a bomba à vácuo resolve essa questão de eliminar a saliva com mais segurança;
– Os pacientes devem ser agendados, preferencialmente, com intervalos maiores entre eles, para que haja tempo hábil da higiene da sala clinica e também para que não haja aglomeração na sala de espera; e
– Os atendimentos eletivos nesse momento devem ser adiados, e somente os de emergência e urgência devem ser realizados.
Fonte: Grande Tijuca
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