Depois de muito se falar em Bolha Imobiliária, que vai estourar, murchar, que vai acontecer, que muitos já acham que está acontecendo, é realmente uma dúvida, mas certeza mesmo é a de crédito, essa é uma realidade, e acredite, vai piorar.
Muito se fala na bolha imobiliária, baixo reajuste salarial, alta na taxa de desemprego, inadimplência, aumento da taxa SELIC, e consequentemente a falta de crédito. O que gera muita insegurança em todos os setores da economia brasileira. Vamos deixar de lado, por esse momento, os rombos nos cofres públicos, problemas políticos e focar na bolha de crédito.
Ao analisar os problemas financeiros do Brasil, podemos encontrar muitos culpados pela projeção ruim do crescimento previsto para esse ano. No entanto essa mentalidade nos tira do foco dos verdadeiros problemas, e ofusca as consequências que está acontecendo e que: o momento ainda pode ser pior, uma vez que a bolha de crédito, está estourando aos poucos, e toda a roda da economia perde com isso. A economia precisa ter um equilíbrio dinâmico para que todos possam ganhar, e isso não está acontecendo no Brasil.
O que faz o governo?
O Governo pega emprestado dinheiro dos bancos e também dos brasileiros, através dos Títulos Públicos (Tesouro Direto). Esse dinheiro empestado para o Governo foi usado para quitar a dívida externa, e agora passou a ser uma dívida interna (de alguns trilhões). Não podemos esquecer que o dinheiro do Tesouro Direto é também usado para o desenvolvimento do País, esse é o lado bom e você pode se beneficiar comprando títulos públicos. Com as mudanças recentes da economia, e aumento da inflação, o Governo precisa urgentemente colocar em prática uma política para a redução da inflação e dentre várias medidas tomadas, uma delas é o aumento da taxa SELIC.
Com o aumento da SELIC, o governo pega mais dinheiro emprestado nos bancos oferecendo em troca uma taxa mais atrativa, o que gera mais lucro, segurança e liquidez para os bancos. O que também diminui a quantidade de dinheiro nos bancos para emprestar às pessoas. Com menos dinheiro em caixa e alta inadimplência, o bancos não tem outra alternativa senão, aumentarem a taxa para empréstimo (lei da oferta/procura). Com menos dinheiro em circulação, os comerciantes tendem a abaixar os preços de suas mercadorias e serviços. Com isso o Governo espera que a inflação (alta generalizada dos preços) reduza. Mas lembre-se essa é apenas uma das dezenas de estratégias que é usada na política de redução da inflação.
O momento atual
Após 20 anos de estabilidade econômica, considerando o fato de que em 1994 tínhamos uma inflação de mais de 2400% ao ano, e em 2015 tomando como base o IPCA temos 6,7% ao ano, é compreensível que o brasileiro iria consumir mais, pois aumentou o poder de compra. Aliado a essa estabilidade vem a facilidade de crédito, que faz com que muitas pessoas pensem que melhorou o seu padrão de vida, pois consegue comprar mais. No entanto, o que temos é que cada vez mais aumento do percentual de renda comprometida com o crédito, o que leva a aumentar o risco da nova classe C voltar para D ou até mesmo ir para E, já que o inadimplência aumenta a cada dia.
Nesse momento, o importante não é procurar culpados – SELIC, bancos, Governo, marketing publicitário, crédito fácil, cenário econômico ou até mesmo os resultados da última eleição – , mas resolver a questão antes que o buraco seja maior. Mas como? Invista em educação, principalmente em sua educação financeira, adotando de forma gradativa novo comportamento, entendo a real relação da sua vida com o dinheiro em busca da sua sustentabilidade financeira, evitando o consumo excessivo, que nos levou a essa bolha de endividamento. Assim espero que o poder de compra sempre aumente, mas de forma gradativa, consciente e sustentável financeiramente.
Com informações via Portalcentrooeste
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