Ana Clara Benevides, de 23 anos, teve uma parada cardiorrespiratória durante a apresentação da cantora norte-americana na última sexta-feira (17)
Imagens do velório de Ana Clara no velório na Câmara de Sonoro Reprodução: TV Globo
Por Redação, O Dia
Mato Grosso do Sul – O corpo de Ana Clara Benevides, de 23 anos,
fã que morreu no show da cantora norte-americana Taylor Swift, na última sexta-feira, 17, no Rio de Janeiro, foi sepultado em Pedro Gomes, Mato Grosso do Sul, nesta segunda-feira, 20. Mais de 600 pessoas acompanharam a despedida.
O cortejo foi seguido por pessoas a pé e com carro. Ana recebeu uma homenagem com coroa de flores enviadas por amigos, familiares e da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), onde a jovem cursava Psicologia.
O 1º velório foi realizado na Câmara Municipal de Sonora, cidade onde a jovem cresceu, desde a madrugada. No primeiro momento, o velório foi reservado apenas para família e amigos próximos de Ana Clara.
Além de familiares e pessoas próximas, cerca de 30 amigos da jovem saíram de Rondonópolis para prestar homenagem a jovem.
O irmão de Ana Clara, que está preso, conseguiu permissão para comparecer ao velório da irmã. A informação foi divulgada e publicizada pela própria Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul (DPMS).
Amigos vieram de Rondonópolis para acompanhar cerimônia. Reprodução: TV Morena / Filiada à Rede Globo
Amigo de Ana Clara, Lucas Ori — que foi no ônibus de Rondonópolis com vários outros amigos — lembra que a jovem era alegre, divertida e bem brincalhona.
“Esse envolvimento mostra como ela era uma pessoa bem alegre, era tipo de pessoa que chegava em qualquer lugar e era fácil de você marcar ela porque ela era bem divertida”, disse.
“Toda essa comoção é exatamente porque é muito difícil esquecer ela, é muito difícil deixar ela. Ana com certeza foi uma pessoa que passou na vida das pessoas e marcou em algum ponto”, afirma.
Pela manhã, o corpo foi levado para Pedro Gomes, onde o pai de Ana Clara mora. Cidade a 80 km de Sonora, onde ocorreu o velório.
Ainda no velório, outra amiga de Ana Clara falou sobre o jeito doce da colega: “É uma menina alegre. É fácil gostar da Ana. Uma menina muito educada, de coração grande”.
Jennifer também contou que Ana sempre sonhou em ir a um show da cantora norte-americana. “Ela sempre foi muito fã da Taylor, desde muito nova. Ela falava que quando tivesse oportunidade de ter um show no Brasil, ela ia fazer de tudo para poder ir. Estava acontecendo tudo do jeito que ela queria. A roupinha que ela queria, a mala, as pulseiras. Tudo do jeito que ela tava sonhando”.
Ana Clara passou mal durante a apresentação da cantora, por causa do forte calor que fazia na cidade, teve uma parada cardiorrespiratória, foi socorrida, mas acabou não resistindo. Além da necropsia, exames toxicológicos e histopatológicos, que ficam
prontos em até 30 dias, devem apontar o que causou a morte.
A Time for Fun, organizadora dos shows de Taylor Swift no Brasil, emitiu a seguinte nota:
“Nós realizamos o contato com a família via nossa equipe de assistência social e respeitamos o direito de privacidade da família e dos amigos neste momento de dor e luto que não quiseram falar conosco. Reforçamos que continuamos com o canal de contato aberto com a família e solidários neste momento difícil ficamos à disposição para dar toda a assistência necessária.”
Translado
O traslado do corpo de Ana Clara foi custeado pelos próprios fãs da cantora Taylor Swift e pessoas que se comoveram com a história da jovem. Nas redes sociais, uma campanha on-line arrecadou o dinheiro necessário para arcar com os custos.
Em menos de 12h, familiares e fãs da cantora norte-americana levantaram o valor de R$ 30 mil. A mãe de Ana Clara Benevides Machado agradeceu a ajuda.
“Graças a Deus conseguimos um valor para fazer tudo que queríamos fazer para ela, gratidão a todos, eu sei que a minha filha foi muito amada! Quero que Deus abençoe todos vocês, quem for pai e mãe, que abençoe o filho de vocês”, disse Adriana Benevides em um vídeo publicado em um rede social.
Formado em Sistemas de Informação pela FAETERJ, carioca de coração, apaixonado por teologia, tecnologia, matemática, geografia, história e pela sociedade em geral.
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