Série da Folha de Pernambuco aborda quais maneiras mais conscientes de consumir e produzir sem afetar tanto o meio ambiente
A humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da terra, segundo estudo do Ministério do Meio Ambiente. Se esse padrão se mantiver, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender as necessidades de água, energia e alimentos da população.
Para evitar o colapso é essencial pensar em formas de consumo mais conscientes. É com essa proposta que a Folha de Pernambuco inicia, neste fim de semana, uma série de reportagens sobre o consumo consciente em três frentes. Nesta primeira, vamos imergir no universo da moda e decoração.
No próximo fim de semana, nosso foco será um dos mercados que mais crescem no País, o de cosméticos. Por último, trataremos do segmento da alimentação. A ideia é mostrar os desafios para conseguir um ponto de equilíbrio entre os recursos disponíveis e seu uso de forma racional. Afinal, consumir de forma consciente é uma questão de hábito. Pequenas mudanças em nosso dia a dia têm grande impacto no futuro.
Em sua pesquisa, a Akatu revelou que, mesmo diante de um percentual grande, de 76% de brasileiros que não aderem ao consumo consciente, mudanças sutis demonstram um passo importante em prol dessa construção de hábitos. Por isso, dividiu esses comportamentos em três frentes: iniciantes, engajados e conscientes.
No primeiro perfil, o fator economia (bolso) pesa na escolha. Evitar deixar a lâmpada acessa à toa, por exemplo, é uma ação feita mesmo para os que são indiferentes ou estão iniciando um consumo mais consciente. Já os “engajados” estão no estágio do planejamento, uma vez que suas práticas sustentáveis incluem o planejamento de compra de roupas e de alimentos. Os conscientes, por sua vez, têm comportamentos mais ativos, que vão além da casa, incluindo até mesmo votar em um político que defende temas sociais ou ambientais.
A preocupação com a cadeia ética
Embora ainda muito embrionário no Brasil, o consumo consciente já faz parte da vida de muita gente, em especial na hora de escolher o que vestir. Tem quem não compre uma só peça de roupa sem antes saber se na sua cadeia de produção houve exploração de trabalho infantil ou escravo.
Marca pernambucana, Viva Yemanjah! recebeu selo internacional que atesta que em todo seu processo de produção não houve exploração de mão de obra infantil Foto: Arthur de Souza
Fonte: Folha de Pernambuco
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