Saiba como prevenir e tratar as enfermidades mais comuns como: alergia alimentar, erlichiose, insuficiência renal, obesidade, depressão, artrose e otite
Quando seu bichinho de estimação adoece, ele nem tem como te dizer o que está sentindo de errado. Então, o jeito é ficar bem de olho nos sintomas dos males que podem afetar a saúde do pet. Além disso, prevenir é melhor que remediar: esse ditado não vale só para os humanos, afinal. Assim, vamos apresentar as doenças mais comuns em cães e gatos, suas características e como preveni-las e combatê-las.
Alergia alimentar
Esse tipo de alergia surge quando o organismo do animal reage a determinadas substâncias presentes no alimento. O quadro surge mais frequentemente devido a conservantes e outros componentes químicos presentes em rações industrializadas, mas pode aparecer até por conta de proteínas da carne bovina.
Sintomas: o cão ou gato se coça até se ferir; também são comuns disfunções gastrointestinais, como vômitos e diarreia.
Como prevenir: além do cuidado ao escolher as marcas de ração, é necessária a higienização adequada do comedouro, principalmente se ele for de plástico; os de alumínio costumam gerar menos problemas de contaminação.
Tratamento: Em geral, é necessário suspender a ração costumeira por especiais ou mesmo refeições caseiras, com a devida orientação do veterinário.
Erlichiose (doença do carrapato)
Trata-se de uma grave infecção transmitida por carrapatos portadores de bactérias do gênero erlichia. “Ela é mais comum na fase adulta do animal”, explica a professora Aline Machado de Zoppa, coordenadora clínica do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi. E ataca mais cães do que gatos. A contaminação acontece quando o carrapato se alimenta do sangue de um animal doente e depois parasita outro que até então estava saudável.
Sintomas: são vários, a começar por uma grave anemia. Surgem ainda febre, vômito, diarreia, tosse, dificuldade para respirar, perda de apetite e hematomas, além de inflamação nos olhos, hemorragia, insuficiência renal, alterações neurológicas e de comportamento.
Como prevenir: O ideal é a aplicação mensal de medicamentos contra ectoparasitas.
Tratamento: é feito com remédios prescritos pelo veterinário.
Obesidade
Sim, nossos pets também engordam se comem demais e não praticam exercício para queimar as calorias a mais. Como consequência, eles podem ter diabetes, doenças cardiovasculares e problemas nas articulações e nos olhos, além de convulsões, paralisias e mesmo alterações neurológicas.
Sintomas: além do excesso de gordura visível na silhueta do pet, ele apresenta pouco fôlego durante os passeios e muita sede.
Como prevenir: a quantidade e o tipo da ração devem ser adequados ao pet, em relação a idade e tamanho. Também não exagere nos biscoitinhos. E coloque o bichinho para “malhar”, passeando ou brincando com ele.
Tratamento: uma vez instalado o problema, é preciso combatê-lo com a prática de exercícios e uma dieta balanceada. O veterinário pode ajudar com um plano nutricional mais elaborado.
Algumas doenças são mais perigosas
Insuficiência renal
A perda da capacidade de filtragem dos rins causa a retenção de ureia e creatinina no sangue, o que é extremamente prejudicial por se tratar de substâncias químicas. Por outro lado, água, proteínas e vitaminas são perdidas pela urina. A insuficiência renal pode ser causada simplesmente pelo envelhecimento do animal, geralmente quando ele tem predisposição familiar para o problema. No entanto, surge também como decorrência de infecções e intoxicações graves.
Sintomas: emagrecimento, perda de apetite, vômitos, diarreia, anemia. Urina clara e frequente. O pet também passa a beber água com muita frequência. A doença pode levar a quadros de úlcera, infecção e pressão alta, que chega a levar o pet à cegueira.
Como prevenir: exames regulares, sobretudo se a raça é mais propensa a ter a doença – como beagle, lhasa e sharpei, no caso dos cães.
Tratamento: adoção de uma dieta com suplementos vitamínicos e redução de proteínas e terapia com fluidos e eletrólitos. Hemodiálise é indicada em casos de insuficiência renal aguda.
Depressão
Nossos amigos também padecem do mal dos tempos contemporâneos: a depressão. Tanto cachorros como gatos podem apresentar quadros de melancolia. Eles são caracterizados por mudanças de comportamento como deixar de comer e de brincar ou se tornar mais arredio. Entre os fatores que desencadeiam a doença nos bichinhos estão mudanças de casa e a ausência prolongada dos tutores.
Sintomas: o animal passa a recusar comida ou deixa de interagir com o tutor como de costume. Quando estão angustiados, os cachorros passam a lamber as patas incessantemente, até provocar feridas. Os gatos fazem o mesmo com o dorso.
Como prevenir: uma boa forma de manter a saúde mental do bicho de estimação, especialmente no caso dos cachorros, é passear com ele para que faça exercício e produza substâncias que fazem bem ao cérebro. Além disso, é uma maneira de dar atenção a ele, que certamente vai perceber que você se preocupa com o seu bem-estar. Aliás, proporcionar boas doses de carinho ao animal é muito importante para evitar que ele sofra de depressão. Evite ainda mudanças muito bruscas no cotidiano do pet em relação a horários de passeio, por exemplo.
Tratamento: é preciso consultar um veterinário. Ele irá prescrever florais de Bach ou mesmo antidepressivos para tratar o animal. Também poderá marcar sessões terapêuticas para analisar o comportamento do bichinho e identificar a causa da depressão.
Artrose e artrite
Esses problemas surgem em cães e gatos geralmente nas idades entre 8 e 13 anos. A artrite é uma inflamação de desenvolvimento mais rápido e em geral está ligada a traumas ou infecções nas articulações. Por sua vez, a artrose se desenvolve mais lentamente. E está relacionada a fatores como peso excessivo e exercícios que exigem muito esforço das articulações do animal. Raças caninas de maior porte costumam apresentar a doença especialmente nas idades mais avançadas.
Sintomas: dificuldade de locomoção, perda na amplitude de movimentos, inchaço na articulação e alteração de sua temperatura, diminuição das atividades físicas, dificuldade para mover-se ao urinar ou defecar, agressividade ao ser carregado ou tocado.
Como prevenir: uma alimentação balanceada que evita que o pet ganhe peso em excesso também ajuda a não sobrecarregar as articulações. E atenção: o uso indevido de suplementos proteicos pode deixar o animal muito pesado e causar artrose.
Tratamento: inclui dietas e controle do peso, exercícios, fisioterapia, uso de anti-inflamatórios e, quando necessário, cirurgia.
Otite
Também conhecida como inflamação de ouvido, pode ser originada por infecção, parasita, fungo ou mesmo pela presença de cera. Caso não seja tratada, pode evoluir para um quadro mais grave, como uma meningite ou mesmo infecção generalizada.
Sintomas: o bicho de estimação passa a coçar muito as orelhas e balançar a cabeça com frequência. A infecção também pode fazer surgir uma secreção amarelada ou mais escura e de odor desagradável.
Como prevenir: durante o banho, proteja as orelhas do pet. Ao limpar a parte externa do ouvido, tome cuidado para não machucá-lo. Tomar muito vento ao passear com o carro com a cabeça para fora também pode provocar uma inflamação no ouvido do animal.
Tratamento: depende da origem da doença. Serão usados, assim, remédios específicos para combater bactéria, parasita ou fungo que tenham causado a moléstia, além do ceruminolítico, produto para limpeza e desinfecção do conduto auditivo.
Importante lembrar que os tratamentos devem ser indicados pelo veterinário do seu pet, respeitando o peso e o porte do seu animalzinho. Por isso, reforçamos a importância de levá-lo regularmente a esse profissional.
Fonte: O IMPARCIAL
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