Como tratar acne em caso mais grave
17 de abril de 2016

Tratamento de acne quando o caso é grave. O uso de remédios para acabar com a acneaparece como solução nos casos mais graves do problema, quando há dor, cicatrizes profundas na pele e inflamações que se espalham por todo o rosto.

Nesses casos, normalmente, o tratamento combina limpeza com loções e sabonetes específicos, além de remédio de uso oral e tópico. “As fórmulas são usadas para bloquear o surgimento de mais bactérias na pele, intensificando uma inflamação que passa despercebida no caso da maioria das pessoas”, afirma o dermatologista Adilson Costa, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

 As espinhas se formam porque há o entupimento do ducto que drena para a superfície da pele o sebo produzido pela glândula sebácea. Existem diferentes graus de acne: no grau I, a pele fica repleta de cravos; no grau II já aparecem pontos avermelhados; a ação das bactérias intensifica o processo inflamatório no grau III; o grau IV combina cravos, pontos avermelhados e amarelados. Para todos eles os medicamentos podem ser usados, mas sempre com a dosagem ajustada. A seguir, mostramos as opções mais comuns para você discutir junto ao dermatologista a melhor solução.

Pílula anticoncepcional:

 A mulher que tem a Síndrome do Ovário Policístico (problema caracterizado por um desequilíbrio nos hormônios sexuais femininos) sofre com alterações no ciclo menstrual e na oleosidade da pele, o que pode dar origem a muita acne. “Como a origem do problema, neste caso, está ligada a uma disfunção hormonal, o uso da pílula serve como alternativa”, afirma o dermatologista Adilson Costa.

A pílula anticoncepcional ajuda a regular o hormônio testosterona, causador da acne e do aumento dos pelos, e com isso também mantém a doença controlada. Mas nada de comprar a mesma cartela que sua amiga usa sem antes consultar um médico (dermatologista ou ginecologista) e perguntar qual a melhor composição hormonal para o seu caso. Escolhendo a fórmula ideal, você evita problemas como o aumento de peso e o inchaço. Não só a pílula, mas outros anticoncepcionais de base hormonal podem ser recursos eficazes no combate às espinhas, desde que eles tragam etinilestradiol na fórmula -esse composto diminui, na circulação sanguínea, a quantidade da enzima que realiza a transformação da testosterona livre em dihitestosterona, que dá origem à acne.

Isotretinoína:

 A isotretinoína é um dos medicamentos mais comuns no tratamento da acne. Conhecido por Roacutan, esse retinoide de uso oral, aparece como alternativa principalmente nos casos em que não há resposta aos antibióticos orais. Essa substância age diretamente na glândula sebácea, diminuindo seu tamanho e a secreção de sebo e, consequentemente, reduzindo consistentemente a colonização de bactérias na pele.

 O tratamento dura meses e o acompanhamento médico deve ser feito mensalmente, pois a medicação pode causar alterações hepáticas, já que a sua metabolização é feita no fígado, e elevação do colesterol, pois há mudança na metabolização das gorduras, elevando o colesterol LDL (o colesterol ruim). O cuidado com a dieta é parte fundamental do tratamento com Roacutan e as bebidas alcoólicas estão proibidas, porque podem sobrecarregar ainda mais o fígado. “Também é importante usar filtro solar diariamente no corpo todo e não apenas no rosto, já que a medicação deixa a pele do corpo todo mais sensível aos raios solares e podem surgir manchas”, afirma a dermatologista Marcela Studart, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ela ainda lembra que, nos primeiros meses, sentir um efeito rebote ao uso da medicação, piorando o aspecto da acne. “Nesse caso o médico pode associar o uso de um antibiótico para melhorar a situação, mas é importante lembrar que se trata de uma situação passageira e, se possível, vale esperar um pouco em vez de associar duas fórmulas simultaneamente”.

Antibióticos orais:

Os antibióticos mais usados no combate à acne são a tetraciclina, a azitromicina e a lineciclina tanto em fórmulas orais (prescrição comum na adolescência) quanto em cremes ou pomadas. “O uso de antibióticos orais está recomendado em casos de acne muito inflamatória, ou seja, em estágios mais avançados”, afirma a dermatologista Marcela Studart.

 O tratamento com antibióticos orais pode ser feito em períodos intervalados ou durar até seis meses. Nos casos de tratamento prolongado, o organismo pode reclamar apresentando irritação gástrica e resistência à substância antibiótica, ou seja, deixando de surtir efeito. Existem medicamentos tópicos, comumente em gel, com o mesmo fim, mas eles só são mais eficientes em casos de acne mais leve. Podem gerar irritação ou dermatite de contato no local de uso. Nesses casos o paciente pode, com orientação médica, alternar o uso, com o tempo a pele se acostuma.

Corticoides:

 Eles são pouco usados no tratamento da acne, até porque um de seus efeitos é causar espinhas. Mas quando as inflamações formam cistos endurecidos e inflamados, a aplicação com agulha e seringa desse anti-inflamatório diretamente na lesão pode ajudar. Mas a recomendação só é indicada em casos extremos por causa dos efeitos colaterais das fórmulas à base de corticoides: elevação do colesterol, diabetes, pancreatite, hipertensão e acúmulo de gordura no fígado. A prescrição de comprimidos de corticoide não é recomendada, justamente para evitar mais acne.

Área de comentários

Deixe a sua opinião sobre o post

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentário:

Nome:
E-mail:
Site: