Foi realizado nesta manhã (14), na Câmara Municipal de Rio Claro/RJ, o pagamento dos 74 produtores do município que fazem parte do “Produtores de Água e Floresta” (PAF), um programa ambiental do Comitê Guandu-RJ. Estiveram presentes na cerimônia membros do Comitê, especialistas da Associação Pró Gestão das Águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) – secretaria executiva do Comitê, da ONG The Natural Conservancy (TNC), e da prefeitura de Rio Claro.
No total foram pagos mais de 180 mil reais equivalentes aos serviços ambientais prestados por esses produtores (PSA), ferramenta que ajuda na conservação e manejo adequado por meio de atividades de proteção e de uso sustentável.
O PAF já é realizado em Rio Claro desde 2012 nas sub-bacias do Alto Piraí, Médio Piraí e Represa de Ribeirão das Lajes. Por meio do projeto, os produtores têm sido responsáveis pela conservação de mais de quatro mil hectares de Floresta Atlântica e pela restauração de mais de quinhentos hectares. Além dos ganhos ambientais em escala e a conscientização dos moradores, o PAF compensa financeiramente o proprietário rural que comprovadamente promova a conservação e recuperação de remanescentes florestais, e consequentemente, colabore para proteção dos mananciais. Os ganhos ambientais, em sua maior parte, acontecem em matas ciliares e de proteção permanente, que resultam na melhoria da qualidade e quantidade de água na Bacia do Guandu-RJ, que abastece mais de 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio.
O Secretário Municipal de Meio Ambiente de Rio Claro, Lázaro José Barbosa Lopes, falou sobre os ganhos que o PAF leva ao município: “A importância maior é a preservação, o que também resulta na geração de renda. Na semana passada foi realizado ainda um seminário sobre turismo em Rio Claro, e essas propriedades são o foco, ou seja, a geração de renda aos produtores e ao município será ainda maior, resultando em desenvolvimento”, avaliou. Já Sérgio de Lima, que se intitula “produtor de água”, um dos produtores do PAF, ressaltou que o programa “incluiu o produtor rural do município no universo ambiental, gerando renda e trabalho. Aprendemos noções de preservação que geram benefícios a toda comunidade”. Sérgio explicou ainda que graças ao apoio irrestrito do PAF ele conseguiu expandir sua área de preservação e consequentemente seus ganhos ambientais e econômicos.
O programa hoje é exemplo até mesmo para órgãos internacionais. No mês passado, especialistas de órgão e agência francesa de águas foram à cidade conhecer de perto o PAF.
Devido os bons resultados, o Comitê Guandu expandiu o programa, levando-o este ano a sub-bacia Sacra Família, com meta da conservação de mil hectares de florestas e a restauração de cinquenta hectares de áreas antrópicas, beneficiando ainda, através do pagamento de serviços ambientais, produtores de Vassouras, Engenheiro Paulo de Frontin e Mendes.
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