Caos no Brasil, Lojas de varejo devem demitir mais de 250 mil empregados
11 de abril de 2016

Crise cada vez mais agrava setor de varejo, rede Leader deve demitir em breve 40% dos seus funcionários, além de fechar lojas. E a Lojas Americanas planeja um corte de 25% de sua folha salarial.

O corte de funcionários deve subir das 179,9 mil vagas no ano passado para 253,4 milvempregos em 2016, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A previsão corresponde à redução de 3,3% da força de trabalho do setor em um ano, falência em algumas lojas não está descartada.

Apesar da nítida perda de ritmo de atividade econômica desde 2015, a redução do número de empregados no varejo em relação ao mesmo período do ano anterior ocorreu apenas a partir de agosto, quando as vendas já acumulavam recuo de 5,2% no mesmo intervalo.

“O ajuste tardio no quadro de funcionários do varejo, associado à intensificação da retração das vendas em 2016, deverá levar o varejo a registrar queda no número de trabalhadores pelo segundo ano seguido”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC.

A entidade prevê tombo de 8,3% no volume de vendas no varejo em 2016.

PARCELAMENTO A PERDER DE VISTA

Para evitar a repetição de mais uma queda histórica das vendas, como em 2015, o varejo está lançando mão de toda sorte de estratégias para fisgar o consumidor. São ações que incluem prazos de até seis anos para financiamento, descontos progressivos para quem compra mais produtos e isenção do pagamento de uma das parcelas para quem paga em dia as prestações do carnê da loja.

A rede de supermercado Extra, do Grupo Pão de Açúcar, adotou uma tática usada pelos “atacarejos”, lojas que combinam o autosserviço dos supermercados com atacado, onde quem leva mais, paga menos. Desde o início deste mês, mil produtos oferecidos pelo Extra estão com descontos de 20%. Quem leva dois produtos, ganha desconto de 50% na segunda unidade. E se comprar três unidades do mesmo item, a terceira sai de graça. A cada 15 dias, esse grupo de produtos será trocado.

desmprego bate na porta

 

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