Considerado por muita gente o mais carioca dos bairros, a Tijuca tem um longo passado. Essas memórias passeiam por diversos fatos históricos da cidade do Rio de Janeiro.
Em 1565, após a vitória dos portugueses sobre os franceses no episódio da França Antártica, a região onde hoje fica o bairro da Tijuca foi ocupada por padres jesuítas.
“Foi nessa época que foi construída uma capela dedicada a São Francisco Xavier. Esse templo religioso deu o nome a uma das maiores fazendas dos jesuítas, que era também a fazenda que ficava mais próxima do centro da cidade, a fazenda tinha o nome do santo: São Francisco Xavier”, destaca o historiador Mauricio Santos.
Entretanto, um episódio mudou essa estrutura. Em 1759, por ordens do Marquês de Pombal, os jesuítas foram expulsos do Brasil e as fazendas de cana-de-açúcar passaram a ter outros donos e algumas outras finalidades: muitas fazendas viraram chácaras.
A partir do final do século XIX e início do XX, a Tijuca passou a se urbanizar. Nessa época, as regiões chamadas de subúrbio eram áreas destinadas às elites e classes médias – uma espécie de refúgio contra os aglomerados urbanos insalubres e perigosos da época das indústrias, muitos desses espaços ficavam na região central do Rio de Janeiro.
Todavia, durante a gestão de Pereira Passos, já no século XX, o conceito de subúrbio ganhou tons pejorativos e a Tijuca, mesmo estando na zona norte da cidade (que ganhou, de fato, o rótulo de área suburbana) ficou de fora dessa lista.
Apesar do status aristocrata e de ser berço de muitas famílias ricas e tradicionais, a Tijuca sofreu, principalmente nos anos 1980 e 1990, um grande processo de favelização.
Hoje em dia, o bairro é totalmente urbano, no entanto, a natureza está presente. A Tijuca possui a terceira maior floresta urbana do mundo e o nome do bairro também tem a ver com a natureza: significa “água podre”, em tupi, em referência à região da Lagoa da Tijuca, que possui muito mangue.
Fonte: Diário do Rio
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