Bolha, Bolha Imobiliária, Imóveis, Mercado.
1) Inflação – parte 1: a disparada no preço do M2 comercial nos últimos anos, tanto para venda quanto aluguel, em muitos casos foi repassada para os preços de produtos e serviços que se utilizam daquelas áreas, colaborando para a inflação persistentemente alta que temos observado nos últimos anos ;
2) Inflação – parte 2: a disparada no volume de construções simultâneas foi um forte gerador de empregos, tanto que apenas no período de 2.007 a 2.013, quase 10% de todas as vagas geradas foram para o cargo de “servente de obras”. O crescimento muito rápido nos empregos, sem nenhum ganho de produtividade, colaborou de forma relevante para manutenção da inflação em patamares muito elevados ;
3) Menor crescimento do PIB – parte 1: quando empresários, em especial os de pequeno porte, não conseguiram repassar o aumento do custo do M2 para os preços de produtos e serviços, em muitos casos foram obrigados a encerrar suas atividades. Muito negócios deixaram de ser abertos, de novo em especial para os de pequeno porte, porque o custo do M2 inviabilizava o lucro ;
4) Menor crescimento do PIB – parte 2:o aumento extremamente elevado nos preços do M2, para venda ou locação, no caso de imóveis residenciais, acabou tomando uma parcela excessiva da renda das famílias, o que colaborou para que ocorresse uma perda na capacidade de consumo e de pagamento das famílias, amplificada pela inflação que a própria bolha ajudou a inflar, fazendo com que o endividamento e inadimplência das famílias alcançasse um recorde e se mantivesse nele ;
Temos ainda diversos efeitos colaterais decorrentes das situações acima, que também prejudicam o crescimento da economia, como por exemplo, a necessidade de aumento de juros para combater a inflação muito elevada.
Outro ponto, é que o grande crescimento nos empregos trazido pela bolha imobiliária também começa a apresentar suas consequências negativas: em Salvador, o desemprego subiu de 6,4% em Agosto/2012 para 9,4% em Agosto/2013 (quase 50% de crescimento) graças a uma paralisação da construção civil, uma vez que foram formados super estoques em função das vendas terem despencado junto com o crescimento nos distratos, já temos situações incipientes de aumento no desemprego via construção civil em São José dos Campos, Brasília, Taubaté, Belo Horizonte, dentre diversas outras localidades.
A tendência é que este desemprego puxado pela construção civil se intensifique ainda mais em 2.015, uma vez que os estoques de imóveis estão em seu recorde histórico, as vendas não param de cair e as perspectivas econômicas e ameaças externas não param de crescer.
Existem ainda os prejuízos mais “localizados” trazidos pela bolha imobiliária, dentre eles, os prejuízos financeiros para milhares de famílias que tiveram que fazer distrato, o prejuízo para milhares de famílias que tiveram que morar em localidades e imóveis muito piores do que seria o razoável para sua renda, etc.
É claro que também tivemos diversas outras situações que colaboraram para nossa crise na economia: no caso da altíssima demanda de pessoas de forma rápida e simultânea para construção civil, que colaborou muito para inflação.
Tivemos também uma influência das obras para copa do Mundo que ocorreram de forma simultânea com a explosão nas construções de imóveis, assim como a bolha de crédito para o consumo que ocorreu nos últimos anos e uma infinidade de “estratégias” erradas do Governo (usar câmbio para tentar conter inflação, benefícios setoriais e para “amigos do rei”, não utilizar juros da forma adequada para combater inflação, destruir resultados de empresas públicas como Petrobrás e Eletrobrás para tentar conter inflação, não cumprir nem se preocupar com meta de superávit fiscal, não buscar o centro da meta de inflação, etc., etc., etc…) também colaboraram e muito para a situação em que chegamos, no entanto, não podemos ignorar o que consta mais acima e que demonstra claramente o quanto a bolha imobiliária foi destrutiva para economia.
Crédito: CA - Bolha Imobiliária Brasil
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