Pesquisadores do Instituto de Astronomia das Ilhas Canárias descobriram uma superterra a apenas 32 anos-luz do Sistema Solar. O exoplaneta, com massa 5,4 vezes maior que o nosso, está na órbita de uma estrela no estágio de anã vermelhachamada GJ 536, e seu período de translação é de apenas 8,7 dias (contra nossos 365).
Ele foi batizado de GJ 536 b, de acordo com as normas da União Astronômica Internacional (IAU). A descoberta foi publicada no periódico científico Astronomy & Astrophysics.
É bem pouco provável que “b” seja habitável, mas os astrônomos responsáveis pela descoberta afirmaram ao Phys.org que é ainda menos provável que ele seja um planeta solitário. “Até agora, nós só encontramos GJ 536 b, mas nós continuamos a monitorar a estrela para ver se há mais companheiros”, afirmou Alejandro Suárez Mascareño, um dos autores do artigo, ao site norte-americano.
“Planetas rochosos geralmente são encontrados em grupos. Nós temos certeza de que conseguiremos encontrar outros planetas em órbitas mais distantes da estrela, com períodos orbitais de mais de 100 dias.”
A proximidade da estrela pode ser compensada por sua temperatura consideravelmente menor que a do Sol. Anãs-vermelhas são pequenas e frias, então mesmo os planetas em órbita cerrada tem condições climáticas razoáveis em comparação com os planetas com período de translação curto do Sistema Solar, como Mercúrio. Os pesquisadores estão interessados em investigar as condições atmosféricas do astro.
O planeta foi detectado em uma parceria com o Observatório de Genebra usando o espectrógrafo HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Seeker) de um telescópio da Agência Espacial Europeia em La Silla, no Chile, e o HARPS norte, equipamento similar do Telescópio Nacional Galileu do observatório Roque de los Muchachos, em La Palma, na Espanha.
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