Arquidiocese do Rio se engaja no cuidado da Casa Comum
7 de outubro de 2020

No dia 4 de outubro, data em que a Igreja celebra a memória de São Francisco de Assis, padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia, foi lançada na Arquidiocese do Rio de Janeiro uma parceria com a empresa canadense Plastic Bank, com a finalidade de combater o despejo de plásticos nos oceanos.
“Neste ano em que celebramos os cinco anos da publicação da Laudato Si’, a Encíclica social do Papa Francisco, estamos felizes com essa parceria, em mais um gesto concreto da nossa arquidiocese, que se engaja no cuidado da Casa Comum”, disse o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, no ato oficial da parceria, durante missa realizada no Santuário de Nossa Senhora da Penha, no bairro da Penha.
Dom Orani informou que a coleta dos plásticos será inicialmente realizada em paróquias indicadas, em cada região da cidade, mas que os locais serão multiplicados com o tempo. Ele destacou que a paróquia que aderir a parceria será uma referência de conversão ecológica, de mudança de mentalidade, e espera bons frutos.
“É uma parceria que chegou em boa hora, e trará muitos benefícios para nós, para o planeta. Com gestos simples, vamos eliminar os plásticos de nossas casas, ruas e rios, e evitar que eles cheguem aos oceanos. Eles serão reutilizados após o processo de reindustrialização, e também haverá retorno financeiro para as obras sociais da própria paróquia. Mais que tudo isso, estaremos contribuindo para uma educação de cidadãos conscientes em relação ao meio ambiente”, disse o arcebispo.

Programa de fé
Segundo o coordenador do projeto “Programa de fé”, no Brasil, Cleiton Ramos, a Plastic Bank, idealizada por David Katz, é uma resposta ao apelo do Papa Francisco de que a missão da Igreja não é só lembrar o dever de cuidar da natureza, mas também e, “sobretudo, proteger o homem da destruição de si mesmo”.
“A Plastic Bank, através do “Programa de Fé”, que visa unir as comunidades de fé e todas as pessoas de boa vontade no combate ao despejo de plástico nos oceanos, já coletou mais de 14 milhões de quilos de plásticos desde a sua fundação, em 2013, e tem a ousada meta de atingir a marca de um bilhão de quilos até 2024”, disse.
Cleiton Ramos afirmou que a Arquidiocese do Rio é a primeira no Brasil a aderir a proposta da Plastic Bank, e que a parceria potencializará a propagação de uma mentalidade de comunhão, de desenvolver a solução concreta para um problema real. Também há projetos no Haiti, Filipinas e Indonésia.
“Com o engajamento dos fiéis e todas as pessoas de boa de vontade, a coleta interromperá o fluxo dos plásticos até os oceanos. Os plásticos irão receber a destinação correta, e serão reintroduzidos no mercado depois de passar por um processo de reindustrialização em indústrias parceiras”, disse o coordenador.
Durante o ato da parceria, Cleiton Ramos entregou para Dom Orani um rosário embalado em uma caixa feita de garrafa Pet e com cordas tiradas do oceano por pescadores. O mesmo tipo de rosário também foi entregue ao Papa Francisco pelo fundador da Plastic Bank. Segundo o coordenador, em abril de 2021, a empresa irá realizar uma ação na Praça de São Pedro, no Vaticano, quando serão entregues 40 mil rosários ecológicos.
A empresa Plastic Bank (https://plasticbank.com/) é uma parceira do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, no Vaticano (www.humandevelopment.va), que tem como prefeito o Cardeal Peter Turkson, e no setor de “Ecologia e Criação” é coordenado pelo padre Joshtrom Isaac Kureethadam.

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Pontos de coleta na Arquidiocese do Rio:
Catedral, no Centro
Paróquia Santo André, no Caju
Santuário Nossa Senhora da Penha, na Penha
Paróquia Bom Pastor, na Tijuca
Paróquia Imaculada Conceição, no Recreio
Paróquia São Pedro do Mar, no Recreio
Paróquia São José Operário, na Maré
Paróquia São Judas Tadeu, em Bangu
Seminário São José, no Rio Comprido
Associação São Martinho, no Centro

Carlos Moioli