O primeiro pouso lunar é um capítulo de uma história que começou muito antes. Na antiguidade, os terráqueos de então olhavam para o céu intrigados.
A ansiedade por compreender o que viam era tão grande que – na falta da ciência – eles deram voo à imaginação. E voaram tão longe que foram capazes de criar linhas imaginárias unindo as estrelas. Nessas uniões, eles enxergaram formas que se transformaram em imagens.
Imagens que remetiam a elementos do seu mundo de então. Sem saber, eles estavam enxergando o futuro – assim nasceram as constelações. E seus nomes permanecem os mesmos até hoje. Eles conseguiram enxergar, por exemplo, uma grande Ursa, a Ursa Maior. Um escorpião. Uma lira e até um Centauro. Mas, essa jornada de conhecimento ficou meio parada até o Renascimento, quando os primeiros astrônomos modernos entenderam que a Terra girava em torno do Sol e não contrário. Depois disso, a evolução da ciência foi mais rápida.
Mas, foi apenas no século 20 que a tecnologia conseguiu nos fazer unir os pontos com velocidade suficiente para, pela primeira vez nos tirar da Terra.
Ao final, o que fez diferença mesmo foi a criação da tecnologia digital. A mesma responsável por você assistir a esse vídeo agora. A mesma que controla seu smartphone ou permite que você assista aos episódios da sua série da vez no serviço de streaming. O interessante é saber que os computadores mais poderosos da década de 1960 já usavam os mesmos princípios digitais de hoje. Só que eles eram infinitamente menos poderosos. O smartphone que você carrega no bolso deve ser pelos menos mil vezes mais poderosos que os computadores que levaram Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins à Lua, na missão Apollo 11. Estávamos no dia 20 de julho de 1969 – e a humanidade nunca havia conseguido unir tantas variáveis tão perfeitamente.
Mas, é super importante lembrar: a Apollo 11 foi a primeira missão a colocar humanos na superfície da Lua. Mas não a única. Ao todo, 12 seres humanos pisaram em solo lunar. A partir de 1969, os norte-americanos mandaram nada menos que 6 missões tripuladas para lá. A Apollo 12 foi um sucesso. Já a Apollo 13 virou um drama. Aliás, a expressão: “Houston, temos um problema” nasceu aí, dos perrengues que os astronautas enfrentaram. Eles se salvaram por pouco. Mesmo com o fiasco da 13, o programa continuou com a Apollo 14, 15, 16 e, finalmente, a Apollo 17 – que fechou o ciclo de viagens à Lua em 1972.
Mas, não foi apenas o horizonte de quem viu as imagens na TV que se ampliou. A tecnologia que impulsionou a façanha da Apollo 11 acabou se ramificando e resultando em produtos que entraram para o nosso dia a dia.
A roupa usada pelos astronautas tinha que protegê-los das imensas variações térmicas na superfície da lua. A tecnologia que criou aqueles tecidos é usada até hoje para roupas de bombeiros e para trabalhadores industriais que operam em ambientes com temperaturas extremas.
Você pode se perguntar: se o desafio de alcançar a Lua trouxe tantos benefícios, por que não voltamos mais para lá depois de 1972? Especialmente hoje, em que computadores muito mais poderosos transformam a jornada em algo muito mais simples do que décadas atrás?
Fonte: Olhar Digital
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