A Comissão Baleeira Internacional chama atenção para a extinção iminente das vaquitas, cetáceos pequenos que vivem nas águas do México
A Comissão Baleeira Internacional (IWC) emitiu em junho o primeiro alerta de extinção em seus 70 anos de história, sobre uma espécie rara de toninha, a vaquita-marinha (Phocoena sinus). Para o comunicado, foi necessário que 200 cientistas renomados mundialmente chegassem à mesma conclusão.
Segundo o levantamento feito pela comissão, atualmente existem cerca de 10 animais sobreviventes, o que torna a extinção deles inevitável. Em 1997, havia cerca de 570 vaquinhas marinhas. “Queríamos, com o alerta de extinção, enviar a mensagem para um público mais amplo e para que todos entendessem o quão sério isso é”, disse Lindsay Porter, vice-presidente do comitê científico do IWC ao jornal britânico The Guardian .
De acordo com o alerta da IWC, o intuito é encorajar um reconhecimento mais amplo dos sinais de alerta de extinções iminentes. E, principlamente, gerar apoio e encorajamento em todos os níveis para salvar a vaquita. Essa é a menor espécie dentre os cetáceos, medindo entre 1,2 e 1,5 metro. Atualmente, são encontradas apenas no norte do Golfo da Califórnia, no México.
“O declínio da vaquita continuou apesar de uma compreensão muito clara tanto da causa (captura acidental em redes de emalhar) quanto da solução (substituição de redes de emalhar por alternativas seguras no habitat da vaquita)”, conclui a IWC.
Contudo, segundo a vice-presidente do comitê, há notícias positivas. Desde 2018, o número de vaquitas permanece estável, apesar de pequeno, e um novo filhote já foi identificado. “Há pelo menos um novo bebê vaquita”, diz Porter. “Eles não pararam de se reproduzir . Se conseguirmos tirar essa pressão, a população pode se recuperar. Não podemos parar agora.”
Fonte: Revista Galileu
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