Dois americanos são acusados de planejar uma incursão marítima para derrubar o presidente Nicolás Maduro (Vídeo)
6 de maio de 2020

Os Estados Unidos usarão todas as opções disponíveis para repatriar os dois americanos detidos na Venezuela acusados de planejar uma incursão marítima para derrubar o presidente Nicolás Maduro – declarou o secretário de Estado, Mike Pompeo, nesta quarta-feira (6).

Um total de 15 pessoas, entre elas dois americanos, foram capturadas em dois dias na Venezuela em meio a uma “invasão” fracassada pelo mar. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informou na segunda-feira 04 que as detenções ocorreram desde domingo 03.

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Diante do alto comando das Forças Armadas, Maduro indicou que “dois membros da segurança” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram presos pelas autoridades locais. O presidente mostrou os passaportes e outros documentos dos americanos Luke Denman, 34 anos, e Airan Berry, 41, em um pronunciamento na TV estatal VTV.

No domingo, Caracas informou ter desmantelado uma tentativa de “invasão por via marítima” de “mercenários vindos da Colômbia”, com o objetivo de promover “um golpe” contra Maduro. A operação resultou na morte de oito “terroristas”, indicou a presidência.

Na segunda-feira, o Ministério Público acusou o líder opositor Juan Guaidó de ter contratado os supostos mercenários, com recursos venezuelanos. O país enfrenta duras sanções econômicas dos Estados Unidos, apoiadores de Guaidó.

Segundo a acusação do procurador Tarek William Saab, “mercenários” assinaram “contratos” de US$ 212 milhões com “dinheiro roubado da PDVSA [companhia petrolífera nacional]”, através de “contas venezuelanas bloqueadas no exterior”. Ele citou um ex-militar americano, Jordan Goudreau, como um dos responsáveis pelo plano.

“Este contrato é público. Podemos ver a assinatura do cidadão Juan Guaidó (…) e de Jordan Goudreau”, afirmou, referindo-se a um documento publicado pela jornalista Patricia Poleo, baseada em Miami.

Saab divulgou ainda um vídeo no qual Jordan Goudreau diz que uma operação contra Nicolás Maduro está em curso. O ex-militar é o dono de uma empresa de segurança chamada Silvercorp USA, com a qual os dois americanos detidos, Denman e Berry, teriam relações, de acordo com o presidente venezuelano.

Duas pessoas foram presas no domingo e as outras 13, na segunda-feira. Maduro atribuiu a Trump e ao presidente colombiano, Ivan Duque, a responsabilidade pelo suposto plano. O opositor Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 60 países, rejeitou todas as acusações e negou qualquer contato com a Silvercorp USA.