Três pessoas foram presas e autuadas em flagrante por receptação qualificada, maus-tratos e venda ilegal de fauna.
Em uma operação para coibir o comércio ilegal de fauna silvestre, o Ibama e a Polícia Federal resgataram, no último domingo (30 de março), 194 animais silvestres que estavam sendo traficados na feira de Duque de Caxias (RJ). Três pessoas foram presas. O local é um dos mais tradicionais pontos de venda ilegal de fauna do estado do Rio de Janeiro.
A operação, batizada de Mercatio, contou com a participação de 32 agentes. Além das apreensões, foram aplicadas multas que totalizaram R$ 270,5 mil. Entre os animais resgatados estavam 13 jabutis (Geochelone sp.), seis coleiros (Sporophila sp.), dois filhotes de iguana (Iguana iguana), um filhote de sagui (Callithrix sp.), um trinca-ferro (Saltator similis) e 170 caranguejos, além de um pixoxó (Sporophila frontalis) – espécie ameaçada de extinção. Os caranguejos foram soltos em uma área de conservação e os demais animais encaminhados para centros de reabilitação, onde receberão cuidados.

As três pessoas presas foram levadas para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde acabaram autuadas em flagrante por receptação qualificada, maus-tratos e venda ilegal de animais silvestres. Outras seis pessoas prestaram esclarecimentos, foram multadas e liberadas. Segundo o Ibama, todos os envolvidos estavam sob monitoramento da equipe de inteligência do órgão, que já tinha, inclusive imagens gravadas deles vendendo animais na feira.
Fauna News em risco de extinção
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A feira de Duque de Caxias
A Feira de Duque de Caxias é um dos maiores mercados a céu aberto da Baixada Fluminense, reunindo comerciantes de diversos segmentos, como alimentos, vestuário e eletrônicos. No entanto, há décadas, também se consolidou como um dos principais pontos de tráfico de fauna silvestres no estado do Rio de Janeiro. Animais são expostos em bancas improvisadas ou mantidos em condições precárias, muitas vezes escondidos em caixas e sacolas.
Em relatório do Ministério Público Federal de 2008, estimava-se que dois mil animais silvestres eram vendidos todos os domingos na feira. Inúmeras foram e são as iniciativas de órgãos da União, Estado e do município para coibir o tráfico de fauna na feira, mas esse comércio clandestino continua forte no local.
Fonte: Fauna News
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