Saiba qual é a cidade mais quente do Estado do Rio na atual onda de calor. Uma dica: não é a capital
Segundo Climatempo, município na Baixada tem o recorde de máxima do ano entre os fluminenses, de 41,3 graus
Muito se fala sobre os 40 graus da cidade do Rio. Porém, os vizinhos fluminenses têm conquistado espaço no ranking entre os municípios mais quentes, em meio a esta mais recente onda de calor que assola o país. O recorde do ano no estado do Rio de Janeiro foi batido recentemente, na última terça-feira, por Seropédica, na Baixa Fluminense. Lá, a estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 41,3 graus, o que dá o posto de maior máxima — até agora — de 2023, segundo o Climatempo.
A empresa utiliza as medições das estações do Inmet, por isso, os valores podem divergir de outros órgãos, como o Alerta Rio, sistema da prefeitura, que, no último domingo, registrou 42,5 graus, às 13h50, em Irajá, na Zona Norte da capital.
Num levantamento, a pedido do EXTRA, o Climatempo listou, de 9 a 15 de novembro, onde foram os cinco maiores registros diários de temperatura máxima no estado. Nesse período, Seropédica aparece entre as cidades mais quentes em quatro datas: a mais baixa delas com 38 graus e por duas vezes acima dos 40 graus. No município, vivem 80.596 pessoas, de acordo com o Censo 2022 do IBGE.
Treze cidades em lista de máximas no estado
No levantamento, em uma semana, 13 cidades, incluindo Seropédica, aparecem nas listas das mais quentes do estado. Os dados pedidos pelo GLOBO ao Climatempo são das cinco com as temperaturas máximas mais altas. Em sete dias, o ranking traz marcas entre 34,6 graus e 41,3 graus.
Entre os mais quentes, alguns municípios aparecem mais de uma vez no período de uma semana. Os principais são Cambuci, no Noroeste Fluminense; a capital, na Região Metropolitana; Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense; Valença, no Sul Fluminense; Seropédica, na Baixada; e Carmo, também no Norte Fluminense.
Na capital, foram cinco registros no ranking, em três estações diferentes, todas na Zona Oeste. O mais alto foi na Vila Militar no último domingo, com 40,4 graus. Esse ponto também aparece entre os mais quentes em duas outras datas, uma delas no dia 9, em que foi o ponto mais quente do estado, com 38,7 graus. Nesta mesma ocasião, o medidor na Marambaia marcou 38,1 graus, a terceira temperatura mais alta da ocasião, ficando atrás apenas de Niterói, também na Região Metropolitana, com 38,4 graus. No feriado, a estação em Jacarepaguá marcou 36,2 graus.
Fonte: EXTRA
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Cambuci, com 14.616 moradores, de acordo com o censo do IBGE, também figura entre as mais quentes do estado, em cinco dos últimos sete dias. Foi a cidade fluminense mais quente na última sexta-feira (36,8 graus) e segunda-feira (40,9 graus). Na terça-feira, dia de recorde no estado, ficou atrás em segundo entre as temperaturas mais altas, com 41 graus, apenas 0,3 grau a menos que a máxima do ano.
Campos dos Goytacazes, no interior, apareceu no ranking da última semana em quatro dias, sendo um deles com dois registros. A cidade, de 483.540 habitantes, segundo o censo, marcou 40,6 graus no domingo e 40,7 graus na segunda-feira.
A explicação dos meteorologistas está nos fatores ambientais como posição geográfica e o relevo ‘peculiar’ do estado do Rio de Janeiro. O relevo majoritariamente formado por planaltos, no caso a região da Baixada Fluminense e Serras de leste-sudeste (próximo do litoral e da capital) influencia na temperatura. Isso porque a cadeia rochosa forma uma barreira que impede a circulação dos ventos. O que faz com que as cidades que ficam nos vales sejam mais afetadas pelo calor e registrem temperaturas mais altas.
— As áreas mais para o interior do continente, cercada por cadeias de montanhas, tendem a ter temperaturas mais elevadas. Neste caso, as montanhas funcionam como uma barreira que impede a circulação dos ventos. O que faz o ar ficar mais quente. Ao contrário da região litorânea, que apesar de registrar altas temperaturas, a proximidade com o oceano, faz com que a brisa vindo do mar amenize o calor — explica o meteorologista Guilherme Borges, do Climatempo.
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