Motorista e auxiliar foram autuados em flagrante por homicídio doloso, segundo a Polícia Militar
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu soltar o casal preso em flagrante após esquecer uma criança de dois anos dentro de uma van escolar. O menino morreu na terça-feira após passar horas dentro do veículo sob um forte calor, que superou os 37º na capital paulista.
O motorista de 45 anos e a sua auxiliar, de 44, foram autuados em flagrante por homicídio doloso. De acordo com a Polícia Militar, o condutor da van buscou a criança em casa pela manhã e esqueceu de deixá-la na escola. À tarde, quando foi retirar a van do estacionamento onde havia parado, encontrou o menino desmaiado no banco.
O condutor da van chegou a levar a criança ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo, onde foi constatada a morte. A suspeita é que o calor tenha causado a morte, mas a polícia ainda vai analisar os resultados dos exames solicitados ao Instituto Médico Legal (IML). O caso foi registrado no 73° Distrito Policial.
Nesta quarta-feira, após audiência de custódia, e Justiça paulista decidiu conceder liberdade provisória ao casal, que deverá seguir uma série de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar no período noturno (das 22 horas às 6 horas) e nos dias de folga.
Os dois ainda terão de suspender o exercício da atividade profissional de transporte escolar de crianças e adolescentes e comparecer a todos os atos processuais para os quais forem intimados. A Justiça também determinou a suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, devendo os indiciados entregarem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no prazo de 24 horas, tudo sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão.
Mãe e avó lamentam perda
— Sempre que eu chegava, meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava. E nunca mais vou ver ele. Eu nunca mais vou ver meu filho —disse Kaliane Rodrigues, mãe do menino, na delegacia.
A avó, Luzinete Rodrigues do Santos, contou que o neto fez aniversário no mês passado e era uma criança especial e astuta.
— Eles não tiveram culpa. Mas foi irresponsabilidade. Isso é fato. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade — afirmou a avó, em entrevista a jornalistas na porta da delegacia. — Eu quero justiça, igual à minha filha. Tenho que ir atrás para que outros não passem pelo o que a gente está passando — disse ela.
A prefeitura de São Paulo lamentou o ocorrido e informou que o condutor do Transporte Escolar Gratuito (TEG) foi descredenciado e um processo administrativo já foi aberto para apurar os fatos. De acordo com a administração municipal, o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender à família.
Fonte: EXTRA
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