Denúncia Grave: Moraes escolheu alvos e usou TSE como braço investigativo, diz Folha
14 de agosto de 2024

Jornalista Glenn Greenwald revelou mais detalhes do uso ‘fora do rito’ de poderes do TSE pelo então presidente da Corte

O jornal Folha de S.Paulo publicou novos detalhes dos mais de 6 gigabytes de dados obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald com mensagens e áudios de assessores próximos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, à época também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o jornal, Moraes escolheu alvos para serem investigados pelo órgão de combate à desinformação do TSE e coordenava também a produção e edição de relatórios do órgão. As mensagens, diz o jornal, foram obtidas de forma legal e não são produto de vazamentos hackers. Um aparelho celular é o objeto da análise jornalística.

O material exposto gira em torno de conversas de auxiliares de Moraes no STF e no TSE; Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes no Supremo, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes na presidência do TSE e Eduardo Tagliaferro, que era o chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, órgão vinculado diretamente à presidência do TSE.

O setor de combate à desinformação do tribunal eleitoral foi “usado como braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo”, diz o jornal, e revelam “fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais”. Esse material produzido a partir de pedidos feitos de maneira informal, através do WhatsApp, embasaram decisões do ministro do STF contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, aponta a Folha, no âmbito dos inquéritos das fake news, milícias digitais etc.

A matéria diz ainda que não havia informação oficial de que os relatórios foram solicitados a pelo ministro ou pelo seu gabinete em nenhum dos casos analisados. Em alguns casos o relatório era “de ordem” do juiz auxiliar do TSE, já em outros são produzidos a partir de “denúncia anônima”, aponta a Folha.

Fonte: Diário do Poder

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