Estrutura em Itaguaí (RJ) reforça a capacidade estratégica de defesa do País
Na última segunda-feira (17), a Marinha do Brasil (MB) ativou o Estaleiro de Manutenção da Ilha da Madeira (EMIM), no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), estado do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de autoridades da MB, representantes do governo e da indústria naval.
A nova estrutura terá um papel estratégico para garantir a manutenção e o aprestamento dos meios navais, especialmente submarinos, e prover facilidades portuárias aos meios navais da MB, a fim de contribuir com os objetivos estratégicos da Força. Criado para modernizar e fortalecer a frota de submarinos do País, o EMIM é uma das entregas do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), e faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Novo PAC do Governo Federal.
“O Estaleiro de Manutenção da Ilha da Madeira foi idealizado para abrigar facilidades industriais que, após a construção dos Submarinos Classe Riachuelo, permitissem a realização das rotinas de manutenção planejadas e corretivas nos sistemas da plataforma desses meios, e sua existência está alinhada à nova governança da manutenção na Marinha, incorporando importante estrutura própria para manutenção no Complexo Naval de Itaguaí, e ampliando o apoio necessário para garantir níveis de operacionalidade planejados”, afirmou o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra André Luiz Silva Lima de Santana Mendes.
O Capitão de Fragata (Engenheiro Naval) Charles Fernandes da Silva foi nomeado como o primeiro Diretor do estaleiro. Em seu discurso, ele destacou a relevância da nova instituição para a Marinha. “O EMIM será fundamental na garantia de um ciclo de vida adequado para nossos submarinos. Nossas atribuições se estenderão desde o gerenciamento e fiscalização de serviços externos até a atuação direta nas rotinas de manutenção, planejadas e corretivas, sempre nos valendo da moderna infraestrutura industrial disponível no Complexo Naval de Itaguaí. Assim, este estaleiro contribuirá de forma significativa para o preparo do Poder Naval, aumentando a capacidade da Marinha para prontificar seus meios navais em prol da defesa nacional e da preservação de nossa soberania.”
Durante a solenidade, foi assinado o Termo de Ativação, documento que formaliza o início das operações do EMIM, estabelecendo sua estrutura organizacional e diretrizes de funcionamento. Ainda, foi descerrada uma placa comemorativa, simbolizando a inauguração oficial das instalações.
Estaleiro de Manutenção da Ilha da Madeira
Com uma área construída de cerca de 14 mil metros quadrados, o EMIM é composto por um edifício principal onde estão as oficinas de apoio à manutenção, como hidráulica, usinagem, eletromecânica, tubulações, pintura e teste de equipamentos. O complexo também dispõe de outros edifícios, que abrigam as oficinas de suporte leve, de ativação de baterias e de apoio a motores diesel, bem como um pátio de manobra para navios docados e uma área coberta de manutenção. O local ainda conta com instalações de um cais acostável.
Entre os desafios iniciais do novo estaleiro, destaca-se a necessidade de capacitação da força de trabalho para lidar com a complexidade dos sistemas dos submarinos da Classe Riachuelo e, futuramente, expandir sua atuação para outros meios navais. Para isso, serão estabelecidas parcerias com instituições de ensino, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI – e a Escola Técnica do Arsenal de Marinha, além de colaborações com a indústria naval.
Sobre o PROSUB
O PROSUB é uma iniciativa da Marinha, que prevê a construção de quatro submarinos convencionais da Classe “Riachuelo” e o primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear, a fim de proteger a Amazônia Azul e a soberania do País no mar.
Além de ampliar a capacidade de defesa do Brasil, o PROSUB também impulsiona o setor industrial e tecnológico nacional, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento de novas tecnologias navais. A partir de agora, o EMIM integra esse esforço, garantindo a logística e a prontidão dos meios navais produzidos no âmbito do Programa.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
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