Paroquia Nossa Senhora das Graças de Seropédica, comemorou neste domingo (28) a Festa de Pentecostes pelo Padre Paulo Sergio.
“Pentecostes é uma das celebrações mais importantes do calendário cristão, pois comemoramos a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo e sobre Maria, sua Santíssima Mãe, configurando o dia do nascimento da Igreja Católica”.
O Domingo de Pentecostes é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no sétimo dia depois do dia da Ascensão de Jesus. Isto porque Jesus ficou quarenta dias após a ressurreição, repassando os últimos ensinamentos a seus discípulos, somando aos três dias em que ficou na sepultura somam-se quarenta e três dias, para os cinquenta dias que se completam da páscoa até o último dia da grande festa de Pentecostes, sobram sete dias; e foi este número de dias, sete, em que os discípulos permaneceram no cenáculo até a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Antes disso, o Pentecostes era uma festa judaica instituída por Deus, para celebrar a colheita. O Pentecostes era comemorado 50 dias depois da Páscoa.
A Festa que chamamos de “Pentecostes” (quinquagésimo dia, em grego) teve início quando o povo de Israel estava prestes a sair do Egito. Na noite de sua partida, Deus orientou que celebrassem a “Pessach” – Páscoa (passagem em hebraico), marcando suas portas com o sangue do cordeiro.
Assim o anjo “passaria” e pouparia os filhos primogênitos dos hebreus. Essa foi a primeira Páscoa dos filhos de Israel. Deus ordenou que essa festa se repetisse anualmente relembrando a saída e libertação de Israel escravidão no Egito.
Cinquenta dias depois do êxodo, os israelitas chegaram ao monte Sinai. Ali, Deus lhes deu a Lei por intermédio de Moisés e ordenou que observassem os seus mandamentos e comemorassem aquele dia também anualmente. Esse foi o primeiro Pentecostes e deveria ser lembrado como o dia da promulgação da Lei de Deus.
A Páscoa cristã nasceu com a ressurreição de Cristo, o Cordeiro de Deus, que nos liberta da escravidão do pecado. Cinquenta dias depois, aconteceu o dia de Pentecostes – o Espírito Santo veio de acordo com a promessa de Cristo, e deu-nos uma nova lei. Não mais escrita em tábuas de pedras, mas, em corações humanos. Essa é a comemoração do dia de Pentecostes para os cristãos hoje.
O presente do Espírito Santo
A vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes (narrada em Atos 2) confirmou a realidade da presença, poder e comunhão de Deus com o seu povo. Ele prometeu estar juntos daqueles que creem e isso acontece através da pessoa do Espírito Santo. Cinquenta dias depois da ressurreição de Jesus Cristo, o Espírito de Deus veio habitar nos crentes:
E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês.
No Pentecostes houve o cumprimento da promessa de Jesus, que não deixaria seus seguidores sozinhos. Além dessa, outras profecias do Antigo Testamento foram cumpridas com a vinda do Espírito Santo. Através desse maravilhoso cumprimento, o dia de Pentecostes deu prova inquestionável:
A descida do Espírito
Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava.
Nascimento da Igreja Católica no Dia da Festa de Pentencostes
Como vimos antes, Jesus fundou a Igreja, um novo povo de Deus. A base da Igreja é os apóstolos e edificada sobre Simão Pedro. Uma Igreja constituída sob a forma de uma comunidade sólida e comprometida. Depois de três anos de gestação, isto é, nos três anos de pregação de Jesus nasce a Igreja.
Na última aparição de Jesus Ressuscitado, os apóstolos recebem a ordem de ir pelo mundo inteiro proclamando o Evangelho a toda a Criatura, fazendo discípulos em todos os povos, batizando-os em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Neste contexto, a Igreja nasceu no ano 30 d.C., na Festa de Pentecostes, isto é, 50 dias após a ressurreição do Senhor.
Depois da Ascensão de Jesus, os apóstolos, Maria e outros foram para a casa onde sempre se reuniam e se entregaram assiduamente à oração.
Após alguns dias, quando estavam todos reunidos cumpriu-se a promessa de Jesus de enviar o Espírito Santo:
ACT 2, 1-6 : Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
Então em Meio do maravilhamento do que acontecera com o derramamento do Espírito Santo, Pedro levantasse e dirige-se ao exterior do Local e na Rua começa a pregar. Uma pregação eloquente, arrebatadora e com uma autoridade que penetra as almas dos ouvintes.
Aqui, vemos a Igreja que nasce do próprio Jesus e que é impulsionada pelo Espírito Santo. Neste dia, 3 mil pessoas se converteram e receberam o Batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
È bom entender que a Festa de Pentecostes já era uma festa também vivida pelos Judeus.
A origem desta festa perde-se nas sombras do passado. Antes de se chamar assim, tinha outros nomes, e era uma festa agrícola. Em Êxodo 23,14-17 é chamada de festa da Colheita, a festa dos primeiros feixes de trigo colhidos. Em Êxodo 34, 22 é chamada de festa das Semanas. Por que “festa das semanas”? A explicação é dada pelo Levítico (23,15-21): calculavam-se 7 semanas a partir do início da colheita do trigo. 7 semanas = 49 dias.
Com o tempo, ela perdeu a sua ligação com a vida dos agricultores, recebeu o nome grego de Pentecostes e tomou-se festa cívico-religiosa. No tempo de Jesus, celebrada 50 dias após a Páscoa, ela recordava a dia em que no Monte Sinai, Deus entregou as tábuas da Lei a Moisés. Os Actos dos Apóstolos fazem coincidir a vinda do Espírito Santo com a festa judaica de Pentecostes.
Neste dia, também por intervenção de Pedro que fez uma proposta de escolher um novo apóstolo para ficar em substituição de Judas, o Traidor, foi eleito Matias que foi anexo à lista dos Doze Apóstolos.
Assim nasce uma Igreja forte e impulsionada pelo Espírito Santo.
O Espírito Santo é a terceira pessoa a integrar a Santíssima Trindade, ao lado de Deus pai e Deus filho. Para pedir proteção e seus dons de caridade, paz, bondade, mansidão e temperança, conheça a oração do Divino Espírito Santo e sua reza de invocação.
Conheça e reze, diariamente, a oração universal ao Espírito Santo
Espírito Santo Consolador,
concedei-me o dom da fortaleza.
Fortalecei minha alma para superar as dificuldades de cada dia,
os tormentos das perseguições e as insídias do maligno.
Ajudai-me a ser forte em meio às fraquezas espirituais,
para que eu seja sinal de Teu amor e bondade.
Espírito Santo de Luz,
concedei-me o dom da sabedoria.
Que eu tenha o discernimento necessário
para distinguir o mal do bem,
a mentira da verdade,
a guerra da paz.
Que Tua santa sabedoria ilumine
os espaços confusos de minha alma.
Espírito Santo Paráclito,
concedei-me o dom do entendimento,
para que eu compreenda corretamente
a vontade do Pai Celestial para minha vida.
Dai-me entender o próximo com amor,
misericórdia e paz.
Que eu compreenda, com todo meu ser,
o amor de Cristo Jesus por mim e pela humanidade.
Espírito Santo, Advogado Celestial,
concedei-me o dom da ciência.
Que, iluminado pela Tua luz divina,
eu compreenda corretamente
os planos de Deus para minha vida,
e seja obediente aos ensinamentos divinos.
Sendo assim, um sinal permanente
da misericórdia do Mestre Jesus no mundo.
Espírito Santo, Conselheiro Divino,
concedei-me o dom do conselho.
Ilumina meu entendimento,
para que eu busque em Deus as respostas
para minhas dúvidas e inquietações humanas e espirituais.
Colocai em meus lábios palavras que restabeleçam a paz no mundo,
e ajudai-me a levar sempre um conselho que devolva
às almas aflitas a serenidade em Deus.
Divino Espírito Santo,
concedei-me o dom da piedade.
Que minhas orações sejam pontes de amor,
que unam meu coração ao coração
de Deus Pai e do Cristo Senhor.
Que meu fervor espiritual se renove sempre,
para que minha alma frutifique na fé e na esperança.
Espírito Santo, Consolador dos aflitos,
concedei-me o dom do temor de Deus,
para que eu tenha sempre frente meus olhos,
a bondade divina,
e que meus pensamentos, palavras e ações,
não sejam uma ofensa ao amor misericordioso
do Pai Celestial.
Assim seja!
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