História do Dia das Mães no Brasil no Mundo e na Igreja Católica no Mês Mariano
8 de maio de 2022

O Dia das Mães é uma data móvel, ou seja, o dia a ser comemorado depende do ano, mas no Brasil é sempre no segundo domingo do mês de maio – neste ano, 8 de maio. Em vários países é comemorado em outras datas, que vão desde março até dezembro. Serve para celebrar e agradecer a todas as mães pela dedicação, amor e carinho que dão aos seus filhos diariamente.

A comemoração mais antiga do Dias das Mães tem origem na Grécia antiga, onde a entrada da primavera era comemorada por Reia, a Mãe dos deuses. A tradição de homenagem às mães continuou com as festas em honra de Cibele, também chamada Magna Mater (Grande Mãe).

Depois de cristianizado, o Império Romano continuou celebrando o Dia das Mães, mas no 4º domingo da Quaresma, em honra da virgem Maria, e da igreja-Mãe. Mas foi só no século XVII, na Inglaterra, que as pessoas começaram a voltar para suas igrejas-mãe no 4º domingo da Quaresma. Passou a ser conhecido na Inglaterra como “Domingo das Mães”.

No Século XX, uma jovem americana chamada Anna Jarvis perdeu sua mãe e entrou em depressão. Preocupadas com ela, suas amigas resolveram dar uma festa, para perpetuar a memória da mãe de Anna e, ao mesmo tempo, tentar animá-la. Anna quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, independentemente de estarem vivas ou mortas, e em pouco tempo a comemoração se propagou por todo país.

Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson, e passou a ser comemorada no dia 9 de maio. Aos poucos, a homenagem foi se espalhando para outros países. No Brasil, o primeiro Dia das Mães foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Mas foi só em 1932 que o presidente Getúlio Vargas oficializou o segundo domingo de maio como Dia das Mães no País.

Em 1947, a data do Dia das Mães passou a ser incluída no calendário oficial da Igreja Católica no Brasil. No mês das mães, Nossa Senhora é tema de reflexão em cultos ecumênicos

Maio é o Mês Mariano, dedicado exclusivamente à Maria, a mãe de Jesus Cristo. Ela que é muito amada pelos fiéis cristãos católicos por toda sua história e exemplo de mãe. É lembrada e homenageada durante todo o mês com missas, terços, oferta de flores e cânticos e também orações especiais.

A título de curiosidade, o Mês Mariano é uma herança europeia, visto que, na Europa, maio é primavera e é celebrado em vários países pelo reflorescimento da natureza. Já no Brasil, a devoção mariana teve origem já nos tempos da conquista das terras, conforme comenta o Missionário Redentorista Pe. Edinisio Pereira: “Começou com a evangelização trazida pelos jesuítas. Posteriormente, a devoção foi ganhando força com o passar dos anos, até chegar ao que conhecemos hoje. Teve presença forte, sobretudo com o povo pobre, simples e oprimidos, que buscavam na Mãe de Jesus a esperança, o conforto e a força necessária diante de tantos sofrimentos e maus tratos”.

As maiores datas dedicadas à Maria na tradição católica, no mês de maio, são: a Festa de Nossa Senhora de Fátima, celebrada no dia 13; e a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, que acontece no dia 24. Diante destas datas de celebrações especiais, o sacerdote afirma que é preciso diferenciar cultos de adoração e culto de veneração. “A palavra ‘culto’ vem de cultivar, que por sua vez, quer dizer, desenvolver, ser instruído, cultivado, relação de respeito e veneração. Cultiva-se algo especial, como por exemplo, o louvor a Deus. Cultiva-se o carinho e a devoção para com os santos e santas. Podemos, então, cultivar nossa devoção à Maria sem, portanto, adorá-la. À Maria, nossa veneração por tudo o que ela foi e por tudo o que ela é. À Maria, nós devotamos, cultuamos o amor por ela. Não a adoramos, pois nossa verdadeira adoração é somente ao Divino Pai Eterno.”

Pe. Edinisio ainda exemplifica: “Vamos a uma realidade prática. Maria é venerada no mundo todo, recebendo mais de seiscentos títulos, ou seja, nomes atribuídos a ela. É a mesma Maria, a Mãe de Jesus. A Mãe da Igreja e Mãe nossa. No Brasil, o mais conhecido é o título de Nossa Senhora Aparecida, seguido por Nossa Senhora da Graças, da Abadia, do Perpétuo Socorro e tantos outros. Maria, por isso, é fonte de inspiração”.

No Mês Mariano, reze e peça a intercessão da Virgem Maria em sua vida. Como verdadeira mãe, ela não desampara seus filhos!

Paroquia Nossa Senhora das Graças em Seropédica, Padre Paulo Sergio

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