Cientistas movem os ponteiros do Relógio do Juízo Final e colocam a humanidade mais perto do que nunca do apocalipse
Aguerra lançada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, motivou o Conselho de Ciência e Segurança do Boletim de Cientistas Atômicos a colocar o Relógio do Juízo Final a apenas 90 segundos do que eles consideram o fim da vida terrestre.
O Relógio do Juízo final é uma metáfora de quão perto o planeta está da sua autodestruição.
Em seus 76 anos de história, o Boletim nunca considerou que a humanidade estivesse tão perto do fim como agora. E olha que a entidade já testemunhou as guerras na Coreia, no Vietnã, a Guerra Fria, a Crise dos Mísseis de Cuba e o ataque terrorista de 11 de setembro nos EUA.
Eles conhecem as consequências
Os cientistas idealizadores do Relógio do Juízo Final sabem o que pode acontecer em uma guerra nuclear como a que Putin anuncia em sua ambição excessiva por “recuperar” a Ucrânia para a Rússia.
Como estabelece o Boletim, o Relógio do Juízo Final “é um indicador universalmente reconhecido da profunda vulnerabilidade do mundo às armas nucleares, mudanças climáticas e tecnologias disruptivas. Quanto mais perto da meia-noite, maior o perigo para a nossa existência.”
A guerra na Ucrânia está prestes a completar um ano e o Boletim afirma que, “o mundo está num momento muito perigoso. Dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos civis inocentes, foram mortos. Nenhuma solução óbvia para o conflito está em vista.”
De fato, o Conselho de Ciência e Segurança do Boletim dos Cientistas Atômicos vê com grande preocupação o movimento das tropas russas perto de Chernobyl e Zaporizhia, “violando os protocolos internacionais e arriscando a liberação generalizada de materiais radioativos”.
Certamente, a perspectiva de uma guerra nuclear é a que mais preocupa a entidade, mas também há outras ameaças que pairam sobre a humanidade, como as tensões entre os Estados Unidos e a China, as alterações climáticas, a utilização de combustíveis fósseis, a emissão de gases do efeito de estufa e as consequências imprevisíveis da Covid, entre outras.
Enfim, os membros do Boletim dizem que “se alguma vez houve um momento para os líderes mundiais agirem para voltar no tempo, é agora”.
Como será o Juízo Final? Devo ter medo?
Não, não será como um tribunal. Se fosse, quem suportaria?
Jesus me disse que, no fim dos meus dias, serei examinado no amor. Mas, quando ouço a palavra “juízo”, eu me rebelo. Não gosto que me julguem.
Talvez seja pelo fato de eu ter estudado Direito. Vejo a condenação como uma possibilidade real do fim do caminho. Faço coisas ruins. Outras boas. Mas, como vou estar à altura do que se espera de mim? Nunca serei digno do céu, da vida eterna.
Temo o juízo por causa das minhas obras, das minhas omissões. Temo o juízo por causa das minhas palavras, dos meus silêncios. Das minhas infidelidades, das minhas mediocridades. O nunca e o sempre como decisões finais me doem. Assim como o castigo eterno como ameaça.
É certo que, para os judeus, o juízo tinha muito mais a ver com a realização da aliança, com sua plenitude, com o cumprimento da promessa. Jesus vem dar plenitude à aliança selada entre Deus e o homem.
Sei que no fim dos meus dias eu me encontrarei com o olhar de Deus sobre a minha vida. O olhar de um Pai que me ama. Ele me perguntará pelo amor: “Ele separará uns dos outros, como um pastor que separa as ovelhas das cabras. Vinde vós, benditos de meu Pai, herdareis o reino preparado para vós desde a criação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber…”
Outro dia, durante uma conversa, o Padre Ángel Strada, que conheceu o Padre Kentenich, falou sobre algo que me comoveu. Ele dizia que o ideal pessoal do Padre seria parecido com isto: Eu conheço minhas ovelhas e elas me conhecem.
É o sacerdote modelado segundo a imagem do Bom Pastor. O pastor que conhece as ovelhas pelos nomes. Que ama a todas. Que as carrega nos ombros e com quem fala docemente. Que sabe quem é cada uma delas.
Jesus é a porta por onde podem entrar e sair livremente. É o pastor. É o campo. É tudo para elas. Jesus não disse para separar as ovelhas boas das más. Todas as ovelhas estão ao seu lado. Isso me dá paz.
Dar a vida pelos seus. Dar a vida por suas ovelhas. Por todas. Eu pertenço a ele. Ele sai todos os dias para me buscar, me espera, me carrega sobre seus ombros. Ele conhece até a última fibra do meu coração.
No juízo final, que não é um julgamento dos méritos, mas do amor, Ele tomará meu coração torpe, pequeno, insignificante. E me amará com seu coração grande, invencível, terno, incondicional.
Eu gosto desse olhar de Deus. Penso sempre que, no fim da minha vida, haverá um abraço entre o Bom Pastor e cada ovelha. Não um exame, não um julgamento.
Sei que, ao mesmo tempo, as obras de misericórdia me fazem questionar a minha vida. E eu me sinto pequeno. Vejo que não faço o que tenho que fazer. Que não amo quando tenho que amar. O Reino de Deus é o reino do amor.
Deus olha até o menor de todos, que finjo que sou. Ele vê todo o amor que eu deposito. Olha o bem que eu faço, por menor que seja. Isso me dá tanta alegria, tanta paz… Quando visito um doente, quando visto o que não tem roupa, quando dou de comer ao faminto ou de beber ao sedento.
Deus é capaz de ver as minhas boas obras quando nem mesmo eu sou capaz de enxergá-las. Ou quando me parece tão pequeno o que faço, diante do que eu deveria fazer, que eu não dou valor. E geralmente não vejo Jesus por trás disso tudo.
Como na parábola, os que fizeram o bem não sabiam que o fizeram para Jesus. Os que fizeram o mal tampouco sabiam que deixaram de amar Jesus.
Eu confio no amor de Jesus. Sei que ele é meu pastor e sairá a curar minhas feridas quando eu estiver ao seu lado. E me dirá: “Bom, por fim, estás comigo para sempre”. E me mostrará coisas boas que me fez e eu nem sabia.
Eu não fico angustiado. Não penso em um Deus frio, que mede tudo e faz as contas do mal. Jesus não sabe calcular. Seu amor não tem medida e seu perdão é capaz de apagar todos os meus pecados. Ele já carregou todas as minhas faltas na cruz.
Essa é minha esperança: Deus não julga de longe, mas ama de perto. Hoje, quando ouço: “Vinde, vós, benditos de meu Pai”, eu confio e me aproximo.
Fonte: Aleteia
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