No último sábado, dia 13 de abril, Moema Dequech, filha e herdeira do legado do explorador que nos deixou em 2011 aos 95 anos, apresentou em Belo Horizonte (MG) o livro “Victor Dequech e a Expedição Urucumacuan – A história de um brasileiro visionário”. A publicação, com suas 304 páginas ao preço de R$ 170,00, é um mosaico de diários e documentos raros, que desconstroem as antigas teorias sobre a existência de ouro na região de Vilhena. O próprio general Cândido Rondon, figura emblemática da história brasileira, foi um dos maiores entusiastas da ideia de uma província aurífera no local.
Rondon, pioneiro na exploração dos rios da região em 1909, e mais tarde acompanhado pelo engenheiro de minas norte-americano Francisco Moritz, em 1912, contratado pela Comissão Rondon, estava convicto de que a região de Vilhena escondia riquezas comparáveis ao mítico ‘El Dorado’. Mesmo distante, já na reserva do Exército e com mais de 75 anos, Rondon orientou cada passo da expedição de Dequech, então funcionário público federal, que contou com a inestimável ajuda de José Nambiquara, um guia indígena do Sul de Rondônia, levado ainda criança para a então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, pelo próprio Rondon.
Contrariando as expectativas, Victor Dequech concluiu em seus relatórios que Urucumacuan não passava de uma lenda e que a região não abrigava o tão almejado ouro. Contudo, sua expedição foi um marco no avanço do conhecimento científico sobre a área. Hoje, mais de oito décadas depois, os relatos dessa aventura histórica são os verdadeiros tesouros que emergem detalhadamente nas páginas do livro de Moema.
Fonte: Portal Amazônia
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