Ilha de Villegagnon na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro
17 de março de 2024

O Portão de 1775 da Antiga Fortaleza de São Francisco Xavier de Villegagnon, também denominada como Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Villegagnon da Ilha de Villegagnon na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro.

Na mesma ilha em que os colonos franceses liderados por Nicolas Durand de Villegagnon haviam erigido o Forte Coligny (1555), arrasado pelos portugueses na campanha de Fevereiro-Março de 1560, Luís Teixeira assinala o Forte de Vilagalhão (“Mapa da Baía do Rio de Janeiro e a cidade de São Sebastião”, c. 1573. Biblioteca Nacional da Ajuda, Lisboa), que pode referir tanto a antiga posição francesa, arrasada em 1560, ou uma nova posição defensiva portuguesa erguida provavelmente sobre os alicerces da anterior.

Os Portugueses alertados da presença de Franceses no Rio de Janeiro montaram uma frota de 26 navios de guerra para recuperar a Baía de Guanabara. Depois de três dias, os portugueses, liderados pelo novo governador do Brasil, Mem de Sá, destruíram o forte. O sobrinho de Mem, Estácio de Sá, fundou o Rio de Janeiro no Morro do Cão em 1565, mas os colonos franceses continuaram por ali até 1567, quando Estácio e os portugueses finalmente os expulsaram. E assim o sonho da França Antarctica chegou ao fim.

Essa estrutura foi reformada em 1695, por iniciativa do governador da capitania do Rio de Janeiro, Sebastião de Castro Caldas (1695-1697)

Encontra-se assinalado por Andreas Antonius Horaty (“Rio di Gennaro”, c. século XVIII. Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro), como Forte de Villegagnon. Quando da invasão do corsário francês René Duguay-Trouin, em Setembro de 1711, sob o fogo da artilharia dos navios do corsário, o paiol da pólvora desta fortificação foi atingido, e a explosão resultante destruiu a estrutura que à época encontrava-se artilhada com vinte peças de diferentes calibres. A estrutura deve ter sido recuperada ou mantida operacional, pois consta em planta de 1730 (“Planta do Forte do Villegagnon na enseada do Rio de Janeiro””, 1730.

Uma nova fortificação, de maiores dimensões, foi iniciada em 1761 por determinação do governador do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763), sob a invocação de São Francisco Xavier. Para comportá-la, foi demolido o morro das Palmeiras, sendo empregue nos trabalhos da fortaleza a mão-de-obra de cinquenta quilombolas capturados no sertão de Goiás. Novas obras foram propostas pelo Brigadeiro Engenheiro Jacques Funck (“Planta das obras novamente propostas ao Forte do Vilagalhão em 1767.

No contexto da Devassa sobre a Inconfidência Mineira (1789-1792), ao calabouço da Fortaleza de Villegagnon foi recolhido José Álvares Maciel (Bacharel em Filosofia Natural, hoje Engenharia de Minas e Metalurgia), posteriormente degredado para o interior de Angola.

Em 1938 o Almirante Protógenes Pereira Guimarães, determinou-se erguer sobre as suas muralhas as novas instalações da atual Escola Naval.

 

Fonte: Arquitetura Antiga do Brasil e do Mundo

Por: Quora

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