Estudo da Organização Mundial da Propriedade Intelectual reflete investimentos em transformação digital e setores estratégicos, como agropecuária, energia e saúde
O Brasil subiu três posições no Índice Global de Inovação (IGI), saindo da 57ª colocação para a 54ª posição na edição de 2022 do Global Innovation Index. O estudo é elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO), uma agência especializada das Nações Unidas.
O resultado do estudo reflete as medidas positivas que o Brasil vem executando para melhorar seu ambiente de inovação, enquanto mostra os desafios que ainda estão pela frente. O governo tem incentivado a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e o aperfeiçoamento como vetores fundamentais para o ganho de produtividade da economia e a melhoria do bem-estar da população brasileira.
No evento de lançamento do Global Innovation Index 2022, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, destacou os avanços alcançados pelo Brasil neste setor. “Em especial, em temas como transformação e governo digitais, investimentos em tecnologias habilitadoras e apoio à inovação em setores estratégicos como agricultura, energia, saúde”, afirmou.
De acordo com o documento de 2021, o Brasil avançou e está no 57º lugar de 132 países. Em 2019, ocupava a 66ª posição e, já em 2020 estava em 62ª. No contexto de 18 economias da América Latina e Caribe, o país está em quarto lugar, atrás de Chile (1°), México (2°) e Costa Rica (3°). Em 2021, os dez primeiros países em inovação foram Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, República da Coreia, Holanda, Finlândia, Singapura, Dinamarca e Alemanha.
O Índice Global de Inovação (IGI) é calculado a partir da média de dois subíndices. O primeiro é o de insumos de inovação, que avalia os elementos da economia que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: Instituições; capital humano e pesquisa; infraestrutura; sofisticação do mercado e sofisticação empresarial.
O segundo subíndice é o de produtos de inovação, que capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia e se divide em dois pilares: Produtos de conhecimento e tecnologia e produtos criativos.
Desde sua criação, em 2007, o IGI tornou-se uma referência na avaliação da inovação e um pilar na formulação de políticas econômicas, levando um número cada vez maior de governos a realizar análises sistemáticas de seus resultados anuais em matéria de inovação e elaborar políticas voltadas para melhorar seu desempenho no Índice. O ranking também obteve o reconhecimento do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, que em sua resolução de 2019 sobre ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento o define como um instrumento de referência para avaliar a inovação em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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