Grupo Wagner: presença de mercenários na fronteira deixa Polônia em alerta
29 de julho de 2023

Primeiro-ministro polonês disse que mais de 100 soldados estão nas proximidades da região entre Polônia e Lituânia

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, informou no sábado (29) que mais de 100 soldados do Grupo Wagner se aproximaram da cidade de Grodno, em Belarus, próxima às fronteiras com a Polônia e a Lituânia. As informações são da Reuters.

O Grupo Wagner é uma empresa militar privada russa composta por combatentes mercenários que, sob ordens do governo russo, participaram de várias batalhas durante a invasão à Ucrânia.

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Morawiecki acusou Belarus, um país aliado da Rússia, de enviar migrantes para a fronteira na tentativa de sobrecarregar os oficiais poloneses e alertou que os combatentes podem estar disfarçados.

“A situação está ficando cada vez mais perigosa. Provavelmente eles (os soldados do Wagner) estarão disfarçados de guardas de fronteira de Belarus e ajudarão imigrantes ilegais a entrarem no território polonês (e) desestabilizar a Polônia”, disse Morawiecki, em entrevista coletiva em Gliwice, no oeste do país.

Essa área de fronteira, conhecida como corredor de Suwalki, tem cerca de 100 km de extensão e conecta Belarus à região russa de Kaliningrado. A presença do Grupo Wagner nessa região pode aumentar as tensões com países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar que inclui, além da Polônia e Lituânia, países como Estados Unidos, Reino Unido e França.

Os combatentes do Grupo Wagner chegaram a Belarus há duas semanas, após terem participado de um motim contra o presidente russo, Vladimir Putin. Foram convidados pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que buscava aplacar o levante contra Putin. Lukashenko também pediu para o Grupo Wagner ajudar a treinar militares de Belarus próximo à fronteira com a Polônia.

A Polônia, antigo membro do Pacto de Varsóvia e que se tornou membro completo da Otan em 1999, está preocupada com a possibilidade de que o conflito entre Rússia e Ucrânia se alastre para o seu território. Como medida preventiva, no início deste mês, a Polônia começou a mobilizar mais de mil tropas para a região leste do país, com receio de que a presença de soldados do Grupo Wagner em Belarus possa levar a tensões mais graves na fronteira.

Yevgeny Prigozhin é o chefe do Grupo Wagner, empresa paramilitar privada, cujo dono diz ter laços com Putin (Apostila / TELEGRAM/ @concordgroup_official / AFP

Fonte: Oliberal.com

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