A China sustenta a versão que o balão era de uso civil, de pesquisa meteorológico e que saiu muito de rota por acidente. Mas os americanos garantem ter indícios de que o balão estava sendo controlado.
A Força Aérea dos Estados Unidos abateu o balão chinês que sobrevoava o país. A suspeita era de espionagem.
O objetivo é descobrir o que exatamente o balão chinês estava fazendo ao cruzar o território americano nos últimos dias.
Pouco antes da operação, a Agência de Aviação Civil Americana (FAA) fechou temporariamente o espaço aéreo do leste do país, na região das carolinas do Norte e do Sul e avisou que os militares poderiam até derrubar aviões que passassem por ali. Além disso, proibiu pousos e decolagens em três aeroportos perto do mar: Charleston e Myrtle Beach, na Carolina do Sul e de Wilmington, na Carolina do Norte.
A FAA informou apenas que as medidas eram para dar apoio a uma operação de segurança nacional do Pentágono. Em outras palavras: era uma preparação para derrubar o que os americanos afirmavam ser um balão espião chinês.
O artefato estava muito acima da rota dos aviões, a 20 mil metros de altura.
Nesta sexta-feira (3), o presidente americano Joe Biden tinha sido contra derrubar o suposto espião porque a queda em terra poderia provocar um desastre.
Neste sábado (4), questionado por jornalistas, disse apenas: “vamos cuidar dele”.
Mais tarde, o presidente revelou que já havia autorizado a operação desde quarta-feira (1) e que o Pentágono avaliou que o melhor momento para agir era quando o balão estivesse sobre o mar.
“Eles foram bem-sucedidos e quero elogiar nossos pilotos que fizeram isso”, disse Biden.
Este tipo de balão pode ter vários tipos de sistemas acoplados à sua base: desde transmissão de aúdio e vídeo até detecção e ondas eletromagnéticas. A presença do balão fez com que o secretário de Estado Americano, Antony Blinken, adiasse uma viagem que faria nesta sexta a Pequim.
A China informou que o ministro das Relações Exteriores conversou por telefone com Blinken nesta sexta. Ele disse ao americano que a China respeita as leis internacionais e não vai aceitar o que chamou de conjecturas sem base.
A China sustenta a versão que o balão era de uso civil, de pesquisa meteorológica e que saiu muito de rota por acidente. Mas os americanos garantem ter indícios de que o balão estava sendo controlado, o que enfraquece essa versão.
Enquanto isso, os americanos detectaram um segundo balão, dessa vez sobrevoando a América Latina, mas não informaram onde se encontra e se vão ajudar outros países a lidarem com ele.
Fonte da matéria G1
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