Apesar da Chuva que caiu o dia inteiro o Encontro de Fuscas foi um Sucesso em Seropédica
19 de junho de 2022

Mais um encontro de Fuscas aconteceu neste domingo (19) em Seropédica, o evento foi organizado pelo Grupo Serobug’s (Robertinho, Like e Cristiano). O encontro foi realizado no Casarão no km 47 em Seropédica e reuniu dezenas de pessoas que vieram ver de perto alguns modelos de Fuscas.

Tinha Volkswagen de todos os modelos, entre TL, Kombi, Fuscas, Brasília, Passat, e um Renault Dauphine 1960 todo original, motor stand, com 70.000 km rodados originalmente. Fernando relata que tem este veículo desde janeiro de 1979 e ele é o segundo dono. Este automóvel tem 32 cavalos, com três marchas para frente, consome em média 16 km por litro.

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No evento também tinha mercado de pulgas (venda de peças usadas), blusas com desenho de veículos da Volkswagen, e um stand com carrinhos de miniatura de colecionadores e uma barraca de camarão. O Encontro foi animado por Renato Ezequiel a voz do Rock, e contou com a participação da Banda a Resistência “Rock n’ Roll Band”.

O evento teve apoio da Secretaria de Turismo e Cultura, Secretaria de Comunicação e Eventos e Secretaria de Saúde da Prefeitura de Seropédica. Estiveram presentes: o Secretario de Comunicação e Eventos, Alexandre Rafael, a Secretaria de Turismo e Cultura, Monica Figueiredo e o Secretário de Saúde Renê Vigné.

Um pouco da História do Fusca

A história do Fusca é longa, começando na Alemanha de antes da Segunda Guerra Mundial, mas ninguém imaginava que ele se tornaria um clássico atemporal. O design clássico arredondado e o motor boxer são velhos conhecidos do público brasileiro.

A história do Fusca é longa e o carro rodou o mundo com inúmeros nomes. Os alemães chamam de Käfer, os norte-americanos de Beetle e os portugueses de Carocha.

É o modelo único mais produzido da história e conta com seus mais de 70 anos de produção marcados por 21 milhões de unidades. O modelo “teve filhos”, veículos que foram derivados da tecnologia do velho besouro. Entre eles, conhecidos dos consumidores tupiniquins, como Karmann Ghia, Variant e Kombi. No entanto, isso também inclui “crias” de outras marcas do Grupo Volkswagen, como os carros da linha Porsche. O clássico da Volkswagen tem tantos adeptos que os chineses criaram sua própria versão: o Ballet Cat, um veículo elétrico com o design similar. Mas afinal, qual é a história do carro que virou febre no mundo? Você vai descobrir nos próximos tópicos! 

A origem do Fusca é um tanto controversa. O projeto começou a ganhar vida ainda nos anos 1930, durante o regime hitlerista. Hitler estava focado em levar a Alemanha um nível de modernidade compatível com as grandes potências mundiais. Por exemplo, com a introdução de tecnologias como o rádio — chamado de “Receptor do Povo”, ou “Volksempgänger”. Nesse, era impossível sintonizar rádios estrangeiras.

A mesma lógica se aplicou à geladeira, chamada de “Refrigerador do Povo”, ou “Volkskühlschrank”. Assim, o regime lançava várias tecnologias rebatizando com um nome que fazia sentido para manter sua política ufanista. O Carro do Povo (Volkswagen, o nome original do Fusca que também batizou a marca alemã) originalmente surgiu com esse pretexto.

O país contava com uma sociedade pouco motorizada e com veículos acessíveis apenas à burguesia alemã. Por isso, Hitler encomendou o projeto ao projetista Ferdinand Porsche. A ideia era criar um carro acessível, barato e que cumprisse algumas exigências curiosas, a exemplo, a capacidade de levar uma metralhadora montada no capô.

A interrupção da produção

Para a construção do projeto, Porsche garantiu o respaldo do regime para a criação de uma fábrica moderna. A ideia era diminuir os custos de produção e o governo fundou a cidade que futuramente se chamaria Wolfsburg para esse propósito, servindo como espaço para acomodar os operários. É nela que o regime criou a primeira fábrica da Volkswagen e até hoje é onde fica sua sede.

Ainda assim, o “Carro do Povo” teve dificuldade para atingir seu propósito. Isso porque a sociedade alemã era adepta da bicicleta e o automóvel era visto apenas como um lazer reservado à classe média e aos ricos. As primeiras unidades foram, em sua maioria, para as autoridades do alto escalão do regime hitlerista.

Porém, os esforços de guerra alemães logo interromperam a produção e o Fusca tradicional foi substituído por uma versão militarizada. Similar ao jipe, o novo carro tinha o nome de “Kübelwagen”, ou “carro caixote”. No fim da guerra, a maior parte do maquinário da Volkswagen estava intacto e, a partir dele, a empresa alemã foi reconstruída.

A história do Fusca tupiniquim

Foi em um regime democrático que o Fusca deu as caras por aqui. Juscelino Kubitschek foi eleito presidente nos anos 1950 e assumiu na esteira do chamado “nacional-desenvolvimentismo” e do ambicioso plano de crescer “50 anos em 5”, incentivando a produção de automóveis com capital privado — normalmente, de origem estrangeira. Assim, as multinacionais se concentraram na região do ABC paulista.

Em 1959, a Volkswagen lançou o primeiro Fusca com montagem no Brasil. JK aproveitou a fama de pai da indústria automobilística brasileira e desfilou a bordo do carro. A concorrência também viria de uma marca européia, a francesa Simca — que lançaria a linha de luxo Chambord na mesma época.

Assim, o clássico da multinacional alemã foi evoluindo ao longo dos anos e se tornou um dos carros mais vendidos do Brasil. Nos anos 1970, por exemplo, ganhou cinto de segurança e começou a passar por testes de impacto. A produção foi interrompida nos anos 1980, já que o carro era considerado obsoleto e a linha de montagem da filial de São Bernardo do Campo precisava ser atualizada.

A hora de dar “tchau”

Essa ainda não foi a despedida do Fusca. Nos anos 1990, o então presidente Itamar Franco fez uma parceria com a Volkswagen para a empresa voltar a produzir o carro. Assim, o pedido foi polêmico, já que não levava em conta o avanço da indústria.

 

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