Mais um encontro de Fuscas aconteceu neste domingo (19) em Seropédica, o evento foi organizado pelo Grupo Serobug’s (Robertinho, Like e Cristiano). O encontro foi realizado no Casarão no km 47 em Seropédica e reuniu dezenas de pessoas que vieram ver de perto alguns modelos de Fuscas.
Tinha Volkswagen de todos os modelos, entre TL, Kombi, Fuscas, Brasília, Passat, e um Renault Dauphine 1960 todo original, motor stand, com 70.000 km rodados originalmente. Fernando relata que tem este veículo desde janeiro de 1979 e ele é o segundo dono. Este automóvel tem 32 cavalos, com três marchas para frente, consome em média 16 km por litro.
No evento também tinha mercado de pulgas (venda de peças usadas), blusas com desenho de veículos da Volkswagen, e um stand com carrinhos de miniatura de colecionadores e uma barraca de camarão. O Encontro foi animado por Renato Ezequiel a voz do Rock, e contou com a participação da Banda a Resistência “Rock n’ Roll Band”.
O evento teve apoio da Secretaria de Turismo e Cultura, Secretaria de Comunicação e Eventos e Secretaria de Saúde da Prefeitura de Seropédica. Estiveram presentes: o Secretario de Comunicação e Eventos, Alexandre Rafael, a Secretaria de Turismo e Cultura, Monica Figueiredo e o Secretário de Saúde Renê Vigné.
Um pouco da História do Fusca
A história do Fusca é longa, começando na Alemanha de antes da Segunda Guerra Mundial, mas ninguém imaginava que ele se tornaria um clássico atemporal. O design clássico arredondado e o motor boxer são velhos conhecidos do público brasileiro.
A história do Fusca é longa e o carro rodou o mundo com inúmeros nomes. Os alemães chamam de Käfer, os norte-americanos de Beetle e os portugueses de Carocha.
É o modelo único mais produzido da história e conta com seus mais de 70 anos de produção marcados por 21 milhões de unidades. O modelo “teve filhos”, veículos que foram derivados da tecnologia do velho besouro. Entre eles, conhecidos dos consumidores tupiniquins, como Karmann Ghia, Variant e Kombi. No entanto, isso também inclui “crias” de outras marcas do Grupo Volkswagen, como os carros da linha Porsche. O clássico da Volkswagen tem tantos adeptos que os chineses criaram sua própria versão: o Ballet Cat, um veículo elétrico com o design similar. Mas afinal, qual é a história do carro que virou febre no mundo? Você vai descobrir nos próximos tópicos!
A origem do Fusca é um tanto controversa. O projeto começou a ganhar vida ainda nos anos 1930, durante o regime hitlerista. Hitler estava focado em levar a Alemanha um nível de modernidade compatível com as grandes potências mundiais. Por exemplo, com a introdução de tecnologias como o rádio — chamado de “Receptor do Povo”, ou “Volksempgänger”. Nesse, era impossível sintonizar rádios estrangeiras.
A mesma lógica se aplicou à geladeira, chamada de “Refrigerador do Povo”, ou “Volkskühlschrank”. Assim, o regime lançava várias tecnologias rebatizando com um nome que fazia sentido para manter sua política ufanista. O Carro do Povo (Volkswagen, o nome original do Fusca que também batizou a marca alemã) originalmente surgiu com esse pretexto.
O país contava com uma sociedade pouco motorizada e com veículos acessíveis apenas à burguesia alemã. Por isso, Hitler encomendou o projeto ao projetista Ferdinand Porsche. A ideia era criar um carro acessível, barato e que cumprisse algumas exigências curiosas, a exemplo, a capacidade de levar uma metralhadora montada no capô.
A interrupção da produção
Para a construção do projeto, Porsche garantiu o respaldo do regime para a criação de uma fábrica moderna. A ideia era diminuir os custos de produção e o governo fundou a cidade que futuramente se chamaria Wolfsburg para esse propósito, servindo como espaço para acomodar os operários. É nela que o regime criou a primeira fábrica da Volkswagen e até hoje é onde fica sua sede.
Ainda assim, o “Carro do Povo” teve dificuldade para atingir seu propósito. Isso porque a sociedade alemã era adepta da bicicleta e o automóvel era visto apenas como um lazer reservado à classe média e aos ricos. As primeiras unidades foram, em sua maioria, para as autoridades do alto escalão do regime hitlerista.
Porém, os esforços de guerra alemães logo interromperam a produção e o Fusca tradicional foi substituído por uma versão militarizada. Similar ao jipe, o novo carro tinha o nome de “Kübelwagen”, ou “carro caixote”. No fim da guerra, a maior parte do maquinário da Volkswagen estava intacto e, a partir dele, a empresa alemã foi reconstruída.
A história do Fusca tupiniquim
Foi em um regime democrático que o Fusca deu as caras por aqui. Juscelino Kubitschek foi eleito presidente nos anos 1950 e assumiu na esteira do chamado “nacional-desenvolvimentismo” e do ambicioso plano de crescer “50 anos em 5”, incentivando a produção de automóveis com capital privado — normalmente, de origem estrangeira. Assim, as multinacionais se concentraram na região do ABC paulista.
Em 1959, a Volkswagen lançou o primeiro Fusca com montagem no Brasil. JK aproveitou a fama de pai da indústria automobilística brasileira e desfilou a bordo do carro. A concorrência também viria de uma marca européia, a francesa Simca — que lançaria a linha de luxo Chambord na mesma época.
Assim, o clássico da multinacional alemã foi evoluindo ao longo dos anos e se tornou um dos carros mais vendidos do Brasil. Nos anos 1970, por exemplo, ganhou cinto de segurança e começou a passar por testes de impacto. A produção foi interrompida nos anos 1980, já que o carro era considerado obsoleto e a linha de montagem da filial de São Bernardo do Campo precisava ser atualizada.
A hora de dar “tchau”
Essa ainda não foi a despedida do Fusca. Nos anos 1990, o então presidente Itamar Franco fez uma parceria com a Volkswagen para a empresa voltar a produzir o carro. Assim, o pedido foi polêmico, já que não levava em conta o avanço da indústria.
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