Retorno de Eurico revive guerra nos bastidores entre Flamengo e Vasco
20 de janeiro de 2015

Flamengo e Vasco se enfrentam na próxima quarta-feira (21), às 22h (de Brasília), em Manaus. A partida pelo Torneio Super Series marca o reencontro dos adversários históricos e acirra a rivalidade no início da temporada. A guerra nos bastidores foi declarada desde que o presidente Eurico Miranda venceu a eleição para comandar o Cruzmaltino até 2017.

O polêmico dirigente retornou ao poder e apostou na velha estratégia de provocar o Rubro-negro. Em sua análise, ao fomentar esta rivalidade ele angariou investimentos ao Vasco. O cartola parte do princípio que colocar o Cruzmaltino como o “principal rival” do clube de maior torcida do Brasil traz poder de barganha em negociações.

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Em pouco menos de dois meses na presidência já foram algumas alfinetadas. Umas em tom de brincadeira e outras através de medidas para prejudicar o Flamengo.

Numa delas, por exemplo, solicitou ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para vetar o projeto rubro-negro de construção de um ginásio poliesportivo na sede da Gávea.

Em outra frente, Eurico atua nos bastidores para renegociar a divisão de cotas de direitos de televisão. Chamando de “espanholização”, ele acha injusta a fórmula atual, onde Flamengo e Corinthians recebem bem mais do que Vasco e demais clubes.

Com o presidente da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro), Rubens Lopes, como braço direito, Eurico fez valer a força política e implantou ao seu modo os preços dos ingressos para o Campeonato Carioca, colocando-os com valores mais populares, algo que não foi de encontro ao desejo da dupla Fla-Flu, que gostaria de privilegiar os sócios-torcedores.

O episódio caiu como uma bomba na relação entre os clubes. Os dirigentes rubro-negros prometem uma longa batalha contra Eurico e descartam qualquer tipo de relação com o rival enquanto o próprio mantiver o objetivo de prejudicar o Flamengo nos bastidores.

Neste período, porém, Eurico sofreu um grande revés com apoio do Rubro-Negro. Imbuído em recolocar o Vasco no cenário do basquete nacional, o dirigente buscou a participação na Liga Ouro, torneio classificatório para o NBB. A proposta foi colocada em votação e, em disputa apertada, o voto do Flamengo contra a participação do Cruzmaltino decretou o fim do projeto do clube de São Januário para 2015.

Questionado logo após a sua posse sobre o primeiro duelo com o rival no Torneio Super Series, Eurico Miranda foi claro:

“O Vasco não entra em competição nenhuma para disputar, ele entra para ganhar. Aliás, aproveito para dizer que entra, em especial, para ganhar do Flamengo”.

Em seu blog, o ex-presidente do Rubro-Negro Kleber Leite revelou um diálogo com o cartola que dimensiona a estratégia do vascaíno.

“Ô Kleber, te prepara porque eu vou bater muito no Flamengo. Toda vez que tiver uma chance, vou colocar a boca no trombone. O Vasco cresceu quando acirrei esta rivalidade. O que você viu até agora não foi nada. Espere o que vem por aí…”, disse o texto.

E a rivalidade também já chegou aos responsáveis pelo espetáculo em campo. Os novos reforços do Vasco utilizaram bastante o discurso de “campeonato à parte” contra o Flamengo durante as entrevistas coletivas. Por outro lado, o técnico Vanderlei Luxemburgo deixou claro o peso do encontro entre os times em Manaus. A característica de amistoso passa longe das intenções dos rivais.

“Vasco e Flamengo têm rivalidade até se jogar na China. O torcedor não quer perder. Em Manaus, vai ter divisão de torcida e eu não quero perder. É um jogo importante, todos nós sabemos”, encerrou Luxa.

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