FLUMINENSE DESEMBARCA NO RIO SOB PRESSÃO
15 de setembro de 2015

Após quase uma semana fora de casa, a delegação do Fluminense não foi bem recebida no retorno ao Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. Cerca de 20 torcedores esperavam a delegação, que voltava de Recife, onde, no domingo, perdera por 1 a 0 para o Sport –  resultado que, aliado ao empate com o Coritiba, quarta, fez o Tricolor despencar na classificação do Brasileirão. O desembarque ocorreu às 22h15 e, em clima tenso, até com uma agressão, marcado por um forte protesto, lançou dúvidas quanto ao futuro da relação do clube com parte da torcida.  Fred, o jogador mais visado, teve arremessado contra si uma lata de cerveja. Ele tentou reagir, mas foi contido e protegido por seguranças.

Foi decidido pela assessoria de imprensa que nenhum atleta falaria com os jornalistas – iniciativa de protegê-los. O clima foi de cobrança. Os mais experientes, como o capitão, o volante Jean e o zagueiro Gum, além do técnico Enderson Moreira, foram os alvos preferenciais. Magno Alves foi o único “cascudo” aplaudido. Um torcedor chegou a berrar que havia boicote ao atacante nas Laranjeiras.

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– Fred marqueteiro, o Fluminense não precisa de você! – gritaram alguns torcedores logo ao Fred aparecer no saguão do Terminal 1.

Foi aí que começou a confusão. Cercado por seguranças, que faziam a escolta dos atletas, em pequenos grupos, até o ônibus, do lado de fora, o centroavante foi alvo de uma lata de cerveja. Ele, após ser atingido, parou, olhou o seu agressor, e teve o impulso de reagir. Mas foi contigo e protegido pelos funcionários do clube. O camisa 9, ídolo da torcida tricolor de forma geral, já se manifestou algumas vezes conta torcidas organizadas. Por isso, há um comportamento adverso em relação a ele em determinadas situações.

Desembarque Fluminense (Foto: Hector Werlang)
Torcedores protestam no Galeão na chegada da delegação tricolor ao Rio 

Os únicos poupados foram os jovens formados na base do Fluminense. Os garotos até receberam aplausos, principalmente o zagueiro Marlon e o atacante Marcos Junior. Gerson, negociado com o Roma, acabou xingado. Quando tudo parecia se acalmar, chegou a vez de Enderson aparecer no saguão.

– Você são sabe nada! Não pode ser difícil montar um time! Pede demissão – gritou um tricolor.

Novamente, o clima ficou tenso. Os seguranças precisaram empurrar quem estivesse pela frente. Só assim o treinador conseguiu subir no ônibus. Mas também houve momento de calma. Atletas, como, por exemplo, o goleiro Diego Cavalieri, passaram desapercebidos da ira dos torcedores. Até embarcaram em táxi para voltar para casa.

A derrota por 1 a 0 para o Sport, na Arena Pernambuco, no último domingo, complicou a situação do Tricolor, que tem a pior campanha do returno, com cinco derrotas e um empate. Enderson Moreira, segue no cargo, mas está pressionado. O Fluminense ocupa a 11ª colocação da tabela, a sete pontos do G-4 e também a sete da zona de rebaixamento.

Seguranças no desembarque do Fluminense (Foto: Hector Werlang)
Fluminense reforçou a segurança aos jogadores

Nesta quarta-feira, o Fluminense enfrenta o Palmeiras no Maracanã, às 19h30 (de Brasília), em jogo válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Enderson Moreira tem apenas esta terça para conversar e fazer ajustes na equipe.

 

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