Inicialmente, entidade disse que não constatou irregularidades nos processos de escolha de Rússia e Catar. Agora, admite que pode ter havido corrupção, como sugeriu um investigador
A Fifa decidiu rever seu posicionamento quanto à polêmica escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar. Diante das suspeitas de corrupção no processo de escolha, a questão será levada à Justiça de Berna, na Suíça, conforme comunicado emitido pela entidade nesta terça-feira.
Hans-Joachim Eckert, presidente do Conselho de Ética da Fifa, foi quem recomendou a Joseph Blatter, presidente da Fifa, que levasse o caso à Justiça. A suspeita é de que tenham ocorrido transferências de bens durante o processo de escolha das sedes, como apontado por Michael Garcia, investigador independente contratado pela entidade.
Joseph Blatter e a escolha do Catar como sede para 2022: Fifa admite suspeita de corrupção
A investigação de Garcia durou mais de um ano, com 75 pessoas ouvidas. Inicialmente, ao analisar o relatório final, Eckert disse que não havia razões para se suspeitar das escolhas de Rússia e Catar. Porém, esse posicionamento foi duramente contestado pelo próprio investigador, segundo quem a Fifa não havia interpretado corretamente o relatório.
“O comunicado divulgado pela Fifa contém várias representações de fatos que estão materialmente incompletas e erradas”, declarou Garcia na ocasião. “Pretendo apelar contra essa decisão”, completou. A Fifa, então, reviu seu posicionamento, e agora indica que acredita nas suspeitas de corrupção.
A absolvição de Rússia e Catar não incomodou apenas Garcia. A Alemanha, atual campeã mundial, contestou o posicionamento da Fifa e chegou a recomendar que a Uefa (União de Fiutebol da Europa) se retirasse da Fifa caso o posicionamento não fosse revisto.
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