Chuvas extremas no RS podem disparar nos próximos anos, diz estudo
12 de maio de 2024

Fenômenos como alagamentos, granizo, tornados e ciclones também serão mais frequentes, uma vez que estão diretamente ligados a eventos pluviométricos extremos

O volume assustador de chuva que segue afetando milhares de pessoas no Rio Grande do Sul deve se tornar cada vez mais frequente nas próximas décadas. Pelo menos é o que aponta um estudo recente realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Alagamentos, granizo e ciclones serão mais frequentes no RS

  • Segundo os pesquisadores, a ocorrência de chuvas extremas no estado pode aumentar 60% até 2040.
  • Na Região Sul do Brasil, a porção leste, entre os estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, será a área com os maiores aumentos de eventos extremos de precipitação.
  • Fenômenos como alagamentos, granizo, tornados e ciclones também serão mais frequentes, uma vez que estão diretamente ligados a eventos pluviométricos extremos, diz um trecho do relatório.
  • O estudo do Inpe divulgado em novembro de 2023 considera dados do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil de 2011 em diante, incluindo previsões até 2040.
Imagem: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Tragédia climática no Rio Grande do Sul

Segundo o mais recente balanço da Defesa Civil, subiu para 116 o número de mortes confirmadas pelas fortes chuvas e enchentes que atingem o estado gaúcho. São mais de 400 mil desalojadas e aproximadamente 70 mil em abrigos.

A tragédia climática causou impactos severos em 437 dos 497 municípios gaúchos, afetando diretamente quase dois milhões de pessoas.

Montagem com imagens de satélite de antes e depois das chuvas intensas no Rio Grande do Sul
Montagem com imagens de satélite mostra antes e depois das chuvas intensas no Rio Grande do Sul. (Imagem: Inpe)

O lago Guaíba atingiu o maior nível da história, passando dos 5 metros e 30 centímetros. As inundações também paralisaram quase totalmente o fornecimento de água e luz em Porto Alegre e em outras cidades. Há pelo menos 163 mil casas sem energia e outras 385 mil pessoas sem água. A Lagoa dos Patos, no sul do estado, também começou a subir e inundar alguns municípios, caso de Rio Grande.

Vale lembrar que em 2023, outra série de desastres climáticos também causou devastação no Rio Grande do Sul. Foram registradas 16 mortes em junho, 54 em setembro e outras 5 em novembro.

Fonte: Olhar Digital

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