Saiba as principais informações e fatores de risco da doença e tire suas principais dúvidas sobre o assunto.
Você já ouviu falar que a trombose pode ser bastante perigosa para mulheres? Cada vez mais ouvimos alertar sobre a trombose, sobretudo sobre o perigo dos anticoncepcionais orais em relação a ela.
Mas afinal, o que é a trombose e quais os fatores mais preocupantes relacionados à essa condição?
Pronta para saber mais sobre o assunto? Continue sua leitura até o final!
O que é a trombose?
A trombose ocorre quando há a obstrução de um vaso sanguíneo causada por um coágulo (trombo), gerado por um excesso de coagulação local.
Geralmente os trombos se formam dentro de veias da perna, sendo a Trombose Venosa Profunda (TVP) sua forma mais conhecida. Porém, o coágulo pode se soltar e cair na corrente sanguínea – processo conhecido como embolia, podendo atingir outras partes do corpo.
O grande problema da embolia é que o trombo pode bloquear o aporte sanguíneo para importantes órgãos, como o coração, pulmão e cérebro, causando graves complicações como: embolia pulmonar, infarto e AVC, as quais podem levar até mesmo à morte do paciente.
Quais são os seus sintomas?
A trombose pode ser, em alguns casos, completamente assintomática. Mas quando apresenta sintomas, pode incluir: dor e inchaço no local, aumento da temperatura nas pernas, coloração vermelho-escura ou arroxeada e endurecimento da musculatura das pernas ou região pélvica.
Quais são suas causas?
Como as principais causas para desenvolver os trombos, podemos citar:
Uso de anticoncepcionais via oral;
Varizes;
Tabagismo;
Intercorrências cirúrgicas;
Imobilidade por longos períodos sentado – como internações;
Síndrome da Classe econômica – imobilidade ou pouca movimentação durante longas viagens de avião ou ônibus;
Terapia de reposição hormonal.
Qual é o tratamento?
Uma vez determinada a trombose, existem medicamentos anticoagulantes que podem ser utilizados para reduzir a viscosidade do sangue e dissolver o trombo. A principal função dos medicamentos é evitar a ocorrência de novos episódios e desenvolvimento de sequelas decorrentes da condição. Além dos medicamentos, alguns casos também requerem massageadores pneumáticos intermitentes.
Quais os principais fatores de risco?
Alguns fatores aumentam, em muito, o risco de desenvolvimento de trombose. São eles: predisposição genética natural, idade mais avançada (acima dos 35 anos), colesterol elevado, longo período sentado – decorrentes de longas viagens ou cirurgias e hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais via oral, consumo de álcool, tabagismo e falta de movimentação, sobretudo de pernas.
Além destes fatores, a diabetes, a obesidade e a hipertensão aumentam em muito as chances de desenvolvimento de trombose.
Como podemos evitar a trombose?
Existem várias atitudes diárias que podem fazer a diferença para evitar a trombose. Como recomendações, temos:
Parar de fumar, pois os componentes presentes no cigarro causam a lesão de artérias e veias;
Beber álcool com moderação;
Usar meias elásticas – sobretudo se tiver varizes;
Procurar um médico se você estiver dentro de algum grupo de risco, pois existem medidas preventivas que podem ser adotadas;
Em viagens muito longas, movimente-se e faça uso de meias compressivas. Uma consequência comum de longos períodos sentados em aviões é a Síndrome da Classe Econômica, que pode levar à trombose. Tal condição pode ser evitada se ficar em pé ou caminhar durante o voo, bem como vestir meias elásticas ou massagear a panturrilha.
Posso desenvolver trombose fazendo uma cirurgia?
Todas as cirurgias trazem consigo o risco de trombose, porém, alguns fatores elevam o seu risco de ocorrência, como: tabagismo, uso de anticoncepcionais orais, obesidades e trombofilias – como proteína S, antitrombina e fator V de Leiden.
De acordo com o histórico clínico, exames pré-operatórios e avaliação do profissional, o paciente pode apresentar contraindicação absoluta para cirurgias ou pode ser liberado mediante medidas cautelosas para prevenir a condição, como: prescrição de medicamentos anticoagulantes, uso de meias elásticas compressivas, caminhadas leves para melhorar a circulação e massagens nas pernas. É necessário que o caso seja analisado pelo médico, que, com sua experiência e exames clínicos, poderá avaliar o real risco de uma cirurgia para cada paciente.
As primeiras 48 horas de pós-cirúrgico sempre são as mais importantes, pois é neste período que os coágulos costumam se formar. Porém, há o risco de desenvolvimento até 14 dias após a cirurgia.
Certas vezes os pacientes só apresentam sintomas quando o coágulo já se formou, se desprendeu e atingiu outra parte do corpo. Portanto, é preciso ficar atento aos sintomas que foram citados no início do artigo.
Os anticoncepcionais podem causar trombose?
Não são todas as pílulas que elevam o risco de trombose. As que aumentam a incidência da doença são, sobretudo, as que combinam derivados do estrogênio (etinilestradiol ou estradiol) a outro hormônio.
Alguns tipos de pílulas anticoncepcionais podem aumentar de 1,2 a 1,8 vezes a chance de desenvolvimento de trombose arterial. Já para a trombose venosa (em veias), o risco aumenta de 3 a 6 vezes mais.
Segundo especialistas, ainda assim, as chances são baixas. Mas é evidente que a soma do uso da pílula com a presença de algum fator de risco já citado anteriormente, sobretudo tabagismo, obesidade, diabetes, hipertensão e idade acima de 35 anos, aumentam consideravelmente as chances de desenvolvimento do quadro.
Um dos principais fatores de risco que, em associação com a pílula, podem gerar trombose é o cigarro. O tabaco, em combinação com o estrogênio das pílulas, aumenta o risco de maneira considerável, sendo um alerta para as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais via oral.
Outros aspectos importantes
Dependendo da intercorrência gerada pela trombose, o caso pode ser muito sério e preocupante, principalmente se levar à embolia e chegar em órgãos como o pulmão, o cérebro e o coração, gerando sequelas.
Por isso, sempre que surgir algum sintoma relacionado, é importante procurar um médico experiente para analisar o seu caso.
É muito importante não se automedicar! Pois medicamentos utilizados sem auxílio de um profissional habilitado, podem vir a trazer riscos sérios para sua saúde.
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Fonte: AESCARE
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