Conforme o artigo anterior, vimos à importância da limpeza de pele, já entendemos como funciona o processo de renovação da pele, aprendemos a diferenciação e a profundidade de alguns peelings.
Neste artigo, vamos abordar sobre os peelings enzimáticos, o que são? Como agem na pele? Indicações, cuidados e dicas para você continuar gerenciando sua pele, obtendo excelentes resultados e alcançando uma pele jovial sem grandes procedimentos estéticos invasivos.
Entre as diversas técnicas disponíveis no mercado, o peeling enzimático é um dos mais procurados e que também tem feito bastante sucesso. Diferente de outros tipos de peeling que utilizam produtos químicos e que podem causar efeitos adversos, este peeling é mais natural e utiliza produtos com ativos à base de enzimas biológicas encontradas em frutas ou que sejam produzidos de forma controlada por microrganismos não patogênicos. Ou seja, o peeling enzimático é um procedimento estético que utiliza enzimas naturais para promover a renovação celular da pele. Essas enzimas atuam na remoção das células mortas e estimulam a produção de colágeno, proporcionando uma pele mais saudável, rejuvenescida e com aspecto mais uniforme. A base é feita de ativos naturais, no caso enzimas biológicas, que possuem efeito positivo sobre a camada mais externa da pele (camada córnea), reduzindo sua espessura, melhorando a textura e promovendo a renovação celular. Por ser natural, pode ser usado em todas as estações do ano para vários tratamentos faciais ou corporais.
Entendendo, o que são enzimas?
Enzimas: São proteínas formadas por longas cadeias de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. São catalisadores biológicos extremamente eficientes que aceleram em média 9 a 10 ou 12 vezes a velocidade da reação sem serem consumidos. Dentre as principais enzimas e classes enzimáticas que encontram aplicação em produtos cosméticos podemos citar: as proteases (papaína, bromelina, subtilíssima e catepsina D), que hidrolisam proteínas a peptídeos e aminoácidos e promovem a renovação celular; as óxido-redutases (superóxido dismutase, catalase, lacase, peroxidase e glucose oxidase,) que protegem a pele do envelhecimento, através da conversão de radicais livres do oxigênio em espécies menos reativas; as amilases, que rompem as ligações dos polissacarídeos provenientes de metabólitos ativos de microrganismos patogênicos em estruturas menores, tornando essas sujidades solúveis e mais fáceis de removê-las; as lipases, que hidrolisam os lipídios em estruturas menores, ácidos graxos e glicerol, reduzindo os nódulos de gordura e facilitando sua eliminação do organismo; a fosfatase alcalina, que aumenta o metabolismo celular e estimula a proliferação fibroblástica, reduzindo micro rugas; a hialuronidase, que despolimeriza o ácido hialurônico presente no meio intersticial e promove a reabsorção do excesso de líquidos, diminuindo a celulite; a lisozima, que possui ação bactericida; as enzimas de reparo do DNA, que previnem e reparam o DNA lesado pela radiação UV; e as extremozimas.
As últimas tendências em cosmética apontam para o uso de extremozimas e de enzimas capazes de reparar o DNA lesado pela radiação UV. As extremozimas, devido a sua extrema estabilidade, oferecem novas opções em ativos cosméticos e novas oportunidades para biocatálises. Já as enzimas de reparo do DNA, aliadas ao uso de foto protetor, permitem reduzir consideravelmente as consequências indesejáveis da exposição ao sol, que incluem o foto envelhecimento e até mesmo o câncer de pele.
Entre os muitos ativos presentes nos produtos usados nesta técnica, estão a bromelina, que é retirada do abacaxi, a papaína, que é retirada do mamão, ou as enzimas obtidas através da fermentação dos lactobacilos. As enzimas retiradas da romã e da abóbora também são bastante utilizadas nos produtos deste tipo de peeling. Estas enzimas, por sua vez, entram em contato com a pele, reduzindo a queratina, que é responsável por deixar a pele com aspecto mais opaco e cansado, além de estimular a produção de colágeno que irá auxiliar na renovação da pele que está danificada e ajudar a diminuir as linhas de expressão.
O peeling enzimático pode ser realizado em qualquer tipo de pele, seja oleosa, seca ou mista, podendo também ser feito em peles sensíveis. Este tratamento é natural e ajuda a promover o rejuvenescimento da pele, melhorando a textura e a maciez, deixando a pele mais saudável.
As enzimas presentes nos produtos utilizados neste tratamento causam um efeito positivo na camada mais externa da pele, ajudando a remover as células mortas estimulando a produção de novas células, diminuindo sua espessura, melhorando de forma considerável a textura e a aparência da pele.
Algumas enzimas de ação esfoliativa: Renew e Pumpkin Enzyme
O Renew Zyme é extraído da romã e obtido a partir de tecnologia enzimática. É considerado uma inovação em renovação celular e regeneração cutânea, devido as propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e emolientes. Estudos clínicos de eficácia e segurança mostraram a capacidade regenerativa e o estímulo à produção de colágeno com remoção de queratinócitos envelhecidos.
O Pumpkin Enzyme promove a esfoliação enzimática. É um produto inovador, seguro, não irritante, não sensibilizante com eficácia comprovada cuja ação deve-se à presença de enzimas proteolíticas, as proteases, que promovem uma esfoliação enzimática, com um diferencial significativo de atuação no sensorial cutâneo e na estimulação da renovação celular. Tem atividade similar à do ácido glicólico sem causar os efeitos indesejados dele, o que o torna um ativo seguro e eficaz. É obtido através da fermentação do fruto da abóbora com Lactobacillus lactis, sendo um produto inovador, cuja ação de renovação celular é devida à presença de enzimas proteolíticas (proteases). Promove uma esfoliação enzimática suave, removendo células mortas da superfície cutânea e estimulando, ao mesmo tempo, a renovação celular.
Existem no mercado dermocosméticos produtos já com esses ativos enzimáticos, que com uso correto, você pode adquirir excelentes resultados, porém, o ideal e fazer uma consulta com um profissional habilitado para prescrever uso e a melhor indicação de acordo com sua pele, além de ter gerenciamento facial completo.
Indicações:
- Promove renovação celular natural;
- Ação antiaging e clareadora;
- Promove intensa hidratação;
- Suaviza linhas finas;
- Não irritante como demais esfoliantes químicos;
- Melhora a aparência opaca e sem brilho, melhorando o viço;
- Melhora sinais de envelhecimento cutâneo;
- Previne a formação de manchas de colo, face, pescoço, mãos e braços, áreas comumente mais expostas a radiação UV.
Cuidados e dicas sobre o peeling enzimático
A recuperação após o tratamento e os possíveis efeitos irão depender da forma como foi realizado o procedimento. Em alguns casos, pode haver vermelhidão e descamação na região onde foi realizado o peeling, com recuperação rápida quando ele é mais superficial, num prazo de 2 a 10 dias, em geral. Dependendo da profundidade do tratamento, podem surgir outros sintomas. Inchaço, dor, secreção e até um aspecto de queimadura podem permanecer por mais de 10 dias. Em casos, de alta concentração do peeling enzimático, por isso a importância de ter um profissional acompanhando o tratamento. Os cuidados que devem ser realizados pelo paciente irão depender bastante da profundidade do procedimento realizado. Após as sessões de aplicação do produto, deve-se sempre fazer uso de filtro solar, pois a pele estará mais sensível e com a camada protetora mais fina. Recomenda-se o filtro solar com proteção maior do que 30. Evite a exposição ao sol.
As complicações deste tipo de tratamento são raras, mas podem acontecer casos de escurecimento da pele e até mesmo alguns tipos de infecções causadas por vírus e bactérias.
Nestes casos, procure imediatamente o médico e faça uma avaliação do problema. Muitas vezes é necessário o uso de medicamentos antifúngicos, antibióticos, antivirais, de cremes cicatrizantes e calmantes, entre outros.
Espero que tenham gostado de mais essa matéria, em breve estarei de volta com mais informações sobre peelings e gerenciamento facial.
Gratidão pela vida não é dizer “obrigado”, é cuidar de si mesmo.
Fonte: Lenice Lima
Esteticista e cosmetóloga
Pós-graduada: Estética e cosmetologia
Farmacoterapia estética
Biomedicina estética
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