Sintomas parecidos, doenças diferentes e a busca do diagnóstico
22 de janeiro de 2022

Profissionais da saúde pública orientam ou examinam as pessoas, para que diagnóstico seja feito com rapidez e tratamento comece imediatamente

Todos os anos a Secretaria de Saúde do Distrito Federal alerta a população sobre os riscos da influenza e reforça a necessidade da vacinação. Com a pandemia, muita gente concentrou a atenção na covid-19, mas, com o aumento de casos de H3N2, o cuidado se volta também para a gripe. Os sintomas são parecidos. Por isso, é bom desconfiar de tudo desta lista, que inclui até a dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti.

Essas doenças têm características marcantes, mas a covid-19 e a influenza são causadas por vírus que provocam infecções respiratórias. Já a dengue é uma doença arbovirose, ou seja, o vírus é transmitido à pessoa por um vetor, nesse caso o mosquito Aedes aegypti.

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A febre é o sintoma comum a essas doenças. “Associada à cepa ômicron da covid-19, a pessoa tem perda do paladar e do olfato, além de dor de garganta, que também são sintomas gripais. Essa cepa é altamente transmissível”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos.

Atualmente, a vacina contra a influenza está disponível para grupos prioritários de pessoas com idades acima de 60 anos, privadas de liberdade e imunodepressivos, além de pessoas com comorbidades | Bruno Esaki/Agência Saúde-DF

O poder da vacina

As pessoas vacinadas contra a covid-19 geralmente apresentam sintomas considerados leves para a cepa ômicron. Os não vacinados podem apresentar sintomas com características exacerbadas, como dificuldade de respirar, um cansaço maior do que o esperado ao fazer um esforço, e tosse.

No caso de suspeita de covid, é importante testar, para que o paciente possa ser diagnosticado e, se confirmada a infecção por coronavírus, isolado

“A vacinação em massa é a estratégia para combater a covid-19. E a única forma de prevenir a doença, além da vacinação, é com as medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, lavar as mãos, evitar aglomerações e procurar ambientes ventilados”, esclarece o epidemiologista.

Também existe vacina contra a influenza. O imunizante é destinado a grupos prioritários de pessoas com idades acima de 60 anos, privadas de liberdade e imunodepressivos, além de pessoas com comorbidades.

Atualmente, é o H3N2, um subtipo do vírus influenza, que circula pelo DF, causando gripe na população. Os sintomas da doença são os mesmos do já conhecido H1N1: dores de cabeça, de garganta e no corpo, tosse e espirro, além de febre alta, acima de 38ºC.

Dengue

Na dengue, a pessoa apresenta febre abrupta de início. Os sintomas da doença são dor de cabeça, na região dos olhos e nas articulações, além de sensação de fraqueza e dor no corpo. O quadro clínico pode evoluir para os sintomas gastrointestinais, com náuseas, vômitos, diarreias e dores abdominais.

“A dengue causa letalidade maior. De 100 pessoas que a contraem, 25% vão manifestar algum sintoma, que pode ser leve, mas que pode evoluir para um quadro de maior gravidade”Fabiano dos Anjos, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde

A fase crítica da dengue se dá após a diminuição da febre. O desaparecimento da febre é o indicador de que o quadro pode se agravar. Os sinais de alarme podem ficar ainda mais intensos quando a pessoa apresenta diarreia e desidratação.

Com a “irmã” da dengue, a chikungunya, o quadro é diferenciado. Além da febre alta, de início repentino, a pessoa sente dores de cabeça, no corpo e articulações e vermelhidão nos olhos. A característica marcante é a intensidade da dor nas articulações, de acordo com o especialista da Secretaria de Saúde.

“A dengue causa  letalidade maior. De 100 pessoas que a contraem, 25% vão manifestar algum sintoma, que pode ser leve, mas que pode evoluir para um quadro de maior gravidade, com sinais de alarme. Dentro desses 25%, 2,5% vão ter um quadro de gravidade”, informa Fabiano dos Anjos.

Diagnóstico

Ao apresentar qualquer sintoma, a pessoa deve procurar os serviços de saúde, para ser orientada ou examinada, e realizar minimamente os exames que vão ajudar o profissional a ter um diagnóstico o mais breve possível. No caso de suspeita de covid, é importante testar, para que o paciente possa ser diagnosticado e, se confirmada a infecção por coronavírus, isolado.

 

DF se prepara para enfrentar a dengue no período chuvoso

“O teste é muito importante e deve ser feito o mais cedo possível. Se a pessoa está com a doença e não tem um diagnóstico, ela pode transmitir para as outras pessoas. No trabalho, por exemplo, a pessoa deve comunicar imediatamente o resultado para a chefia, para ser isolado e não contaminar os colegas”, aconselha o diretor de Vigilância Epidemiológica da secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos.

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