O que é a ‘Febre Oropouche’ e quais são os seus sintomas?
14 de julho de 2024

A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960

A febre Oropouche é uma doença viral causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). A transmissão ocorre principalmente por meio de mosquitos, sendo a prevenção focada na proteção contra esses vetores. A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960 e, desde então, casos isolados e surtos têm sido relatados, principalmente na região amazônica. Além do Brasil, há registros da doença no Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. No Brasil, até o momento, foram confirmados 7.044 casos com transmissão local em 16 estados.

Sintomas

Os sintomas da febre Oropouche surgem de forma repentina e incluem:
Febre alta
Dor de cabeça
Dores musculares
Dores nas articulações
Tontura
Dor na parte posterior dos olhos
Calafrios
Náuseas
Vômitos
Em cerca de 60% dos pacientes, alguns sintomas, como febre e dor de cabeça, podem persistir por até duas semanas. Não existe um tratamento específico para a febre Oropouche, sendo recomendada a abordagem sintomática e de suporte.

A principal forma de prevenção é evitar a picada de mosquitos, adotando medidas como:
Uso de repelentes
Instalação de telas em portas e janelas
Uso de mosquiteiros
Eliminação de criadouros de mosquitos

Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) emitiu uma recomendação aos estados e municípios para intensificarem a vigilância em saúde devido à possibilidade de transmissão vertical do vírus Oropouche (transmissão da mãe para o feto). Esta recomendação veio após o Instituto Evandro Chagas, ligado ao MS, detectar a presença de anticorpos do vírus em amostras de um caso de abortamento e quatro casos de microcefalia. Embora essa detecção sugira a transmissão vertical, ainda não há comprovação de que a infecção pelo vírus Oropouche seja a causa direta dessas malformações neurológicas ou óbitos.

Em nota divulgada na última quinta-feira (11), o Ministério da Saúde ressaltou que “não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas”. A medida de intensificação da vigilância é preventiva e visa ampliar a compreensão sobre a doença e suas possíveis consequências.

Fonte: Folha BV

Área de comentários

Deixe a sua opinião sobre o post

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentário:

Nome:
E-mail:
Site: