A hepatite C é uma doença viral que provoca a inflamação do fígado. A estimativa do Ministério da Saúde é que 700 mil brasileiros vivam com a doença, mas grande parte não sabe, pois a enfermidade raramente apresenta sintomas.
Quando a infecção pelo vírus persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% dos infectados cronicamente podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5% para câncer de fígado.
A transmissão ocorre por contato com sangue e objetos cortantes contaminados. É possível ainda passar durante sexo sem preservativo.
— O grande problema da hepatite C é o aspecto silencioso da evolução da doença. Ela pode passar 30 anos sem demonstrar que está presente e quando aparece, o paciente já está com um quadro bem avançado — afirma Eric Bassetti, gastroenterologista e gerente médico sênior da Gilead.
O diagnóstico da hepatite C é feito por meio de exame de sangue específico. É preciso que os pacientes peçam aos seus médicos que incluam o teste em seus exames de rotina, que devem ser realizados uma vez por ano.
O tratamento depende do comprometimento do vírus, mas é possível alcançar a cura.
— Com os novos medicamentos, conseguimos um sucesso muito grande nas taxas de eliminação do vírus. A maioria dos pacientes que está na fila de transplante de fígado é devido à complicação de uma hepatite. Com o surgimento destes novos medicamentos, esperamos diminuir a necessidade de transplante — diz Douglas Bastos, chefe do serviço de Cirurgia Hepatobiliar do Hospital São Vicente de Paulo.
Fonte: EXTRA
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