Com a nova remessa de lotes entregue pelo Ministério da Saúde, prefeituras das cidades consideradas mais vulneráveis poderão retirar mais doses da vacina a partir desta sexta-feira
Entre os 64 municípios que formam a lista de cidades prioritárias para a imunização contra a febre amarela no estado do Rio, 44 cidades já têm disponibilizadas para retirada doses de vacina em quantitativo suficiente para vacinação de seus habitantes, observando as contraindicações. A lista de municípios prioritários está sendo composta pela SES com base na avaliação constante do cenário epidemiológico no RJ e em estados vizinhos – Minas Gerais e Espírito Santo. Em reunião ocorrida nesta quinta-feira (30/3), o secretário estadual de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr., afirmou que o Estado não irá abrir mão de imunizar toda a população do RJ, de forma gradativa, até o fim deste ano.
– Como estamos informando desde janeiro, defendemos o uso racional da vacina. Isso significa que precisamos empregar nossos esforços para proteção da população que vive nas áreas mais vulneráveis. Começamos com o cinturão formado pelas cidades localizadas nas divisas com MG e ES, estados que já tinham comprovação da circulação do vírus. Com a evolução do cenário epidemiológico, ampliamos nossa estratégia e, atualmente, temos 64 municípios prioritários. Agora, estamos disponibilizando novos lotes para estes municípios, além de destinar parte da nova remessa para reposição em outras cidades do estado. É importante que, fora das cidades prioritárias, seja priorizada a imunização das pessoas que planejam viajar para áreas consideradas de risco, uma vez que estamos contando com o Ministério da Saúde para atendimento da demanda do RJ, visando a imunização de toda a nossa população até o fim deste ano, de forma gradativa – detalhou o secretário.
Prevenção – Nas reuniões técnicas com o Ministério da Saúde realizadas nos últimos dias, o secretário estadual do RJ reafirmou que não abrirá mão da imunização de toda população elegível no RJ – cerca de 12 milhões pessoas – até o fim de 2017. Para isso, a estimativa da SES é de que sejam necessárias entre 8 e 9 milhões de novas doses, além das mais de 3,6 milhões já disponibilizadas para as 92 prefeituras do estado.
Prioridade para habitantes de áreas mais vulneráveis – Entre os 64 municípios prioritários, 44 já contam com a disponibilidade de vacinas em quantidade suficiente para imunização de seus habitantes. São eles: Aperibé, Areal, Bom Jardim, Bom Jesus do Itabapoana, Cachoeiras do Macacu, Cambuci, Cantagalo, Carapebus, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Comendador Levy Gasparian, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Guapimirim, Italva, Itaocara, Itatiaia, Laje do Muriaé, Macuco, Miguel Pereira, Miracema, Natividade, Paty do Alferes, Porciúncula, Quatis, Quissamã, Rio Bonito, Rio das Flores, Rio das Ostras, Santa Maria Madalena, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São João da Barra, São José de Ubá, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Silva Jardim, Sumidouro, Trajano de Moraes e Varre–Sai.
Além destes, outros 20 municípios são considerados prioritários. São eles: Araruama, Armação dos Buzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Iguaba Grande, Itaperuna, Macaé, Magé, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Petrópolis, Resende, São Francisco de Itabapoana, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Tanguá, Teresópolis, Três Rios e Valença.
Organização para vacinação nos municípios – A estratégia de como se dará a vacinação em cada cidade deve ser definida por cada uma das 92 prefeituras, observando a disponibilidade de doses pelo Ministério da Saúde, a capacidade operacional – como número de postos e de pessoal capacitado para o trabalho -, além do armazenamento correto das doses, para que não haja perda de vacinas.
Produção de vacina – No Brasil, a vacina contra febre amarela é produzida pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e entregue ao Ministério da Saúde para definição da distribuição aos estados. Desde o início do ano, o RJ já recebeu mais de 3,6 milhões de doses, retiradas pelos 92 municípios de acordo com suas próprias estratégias vacinais.
– Com base nos pedidos de reposição enviados pelas prefeituras, podemos estimar que 80% do quantitativo já disponibilizado foi utilizado pelas secretarias municipais de Saúde. No RJ, nossa estratégia está sendo definida com base na avaliação constante do cenário epidemiológico e vulnerabilidade dos municípios, priorizando áreas rurais e de matas, uma vez o vetor que transmite a doença é o silvestre. Desde de janeiro, estamos focando os esforços nos municípios localizados nas divisas com Minas Gerais e Espírito Santo e fomos ampliando a lista de cidades prioritárias, avaliando a evolução do cenário epidemiológico – detalha Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES.
Na tarde desta sexta-feira, Chieppe esclareceu dúvidas de internautas sobre o assunto em transmissão ao vivo pela página do Governo do Rio no Facebook. A íntegra do bate papo pode ser vista no link:
https://www.facebook.com/governodorio
Prioridade para habitantes de áreas mais vulneráveis – Para dar apoio aos municípios prioritários, a SES viabilizou uma parceria com o Corpo de Bombeiros e com a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) para que os agentes de saúde municipais possam agir de forma proativa, chegando às zonas rurais mais distantes e áreas de difícil acesso. Em Casimiro de Abreu, município onde foram confirmados os primeiros casos no RJ, a SES esteve presente com o hospital de campanha, que imunizou mais de 6 mil pessoas em 48h.